Diagnóstico e definição de áreas prioritárias à conservação e preservação ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Novo, UGRHI-17, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Amorim, Amanda Trindade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236693
Resumo: O uso inadequado da terra causa conflitos sociais, processos erosivos, assoreamento de rios e de nascentes, empobrecimento do solo, perda da biodiversidade e degradações ambientais de diversas naturezas. Este cenário demonstra a necessidade de um planejamento eficaz tanto para a utilização do solo, quanto dos recursos naturais. A presente tese parte da hipótese de que os fatores uso e cobertura da terra, as áreas de preservação permanente, as unidades de conservação e a capacidade de uso da terra, analisados em conjunto, são critérios fundamentais para a definição das áreas prioritárias à conservação e preservação ambiental em bacias hidrográficas, pois proporcionam condições para a avaliação e integração de parâmetros espaciais, associando critérios legais, técnicos e científicos, que permitem análises robustas, eficientes e possíveis de serem replicadas em outras bacias hidrográfica. Diante disso, a tese objetivou definir áreas prioritárias à conservação e preservação ambiental na Bacia Hidrográfica do Rio Novo (BHRN), no Estado de São Paulo, como subsídio ao Sexto e ao Décimo Quinto Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, que compõem a Agenda 2030, visando contribuir com a gestão dos recursos hídricos e a proteção, recuperação e promoção do uso sustentável dos ecossistemas terrestres, para combater a degradação dos recursos naturais e a perda da biodiversidade, utilizando técnicas de geoprocessamento aliadas à abordagem espacial multicriterial. Para isso, inicialmente foi elaborada a base cartográfica e o mapeamento das características físicas do terreno (morfometria e de solos). Posteriormente foi realizado o mapeamento do uso e cobertura da terra, analisado o uso da água a partir dos dados disponíveis, o mapeamento das Áreas de Preservação Permanentes (APP) e da capacidade de uso da terra, bem como a identificação dos conflitos de uso. Também foram verificadas e avaliadas as unidades de conservação (UC) que estão presentes na área e, por fim, definidas as áreas prioritárias à conservação e preservação ambiental na BHRN por meio do Processo de Hierarquia Analítica (AHP) e a integração dos dados pela Combinação Linear Ponderada (CLP) em um Sistema de Informação Geográfica ambiente (SIG). Quanto às características físicas, a BHRN possui predominantemente relevos suaves e moderadamente inclinados e solos do tipo Latossolos Vermelhos, Argissolos Vermelho-Amarelos, Nitossolo Vermelho e Gleissolos Háplicos. As terras são predominantemente cobertas por cultivos agrícolas, pastagens e silvicultura. As APP cobrem 7,19% da área de estudo, sendo que 27,27% delas estão em conflito de uso. Quanto à capacidade de uso da terra, foram observadas as classes de II a VI, com predomínio de 64,75% da classe III. Cerca de 23% das classes V e VI, estão em conflito de uso. Nas UC foram encontrados conflitos de uso nas APP e de capacidades de uso da terra nos seus interiores e em suas áreas de influência. A partir destes dados foram atribuídos pesos às variáveis analisadas e definidas as áreas prioritárias à conservação e preservação ambiental na bacia hidrográfica através da AHP e a integração dos dados pela CLP em ambiente SIG. O mapeamento do uso e cobertura da terra, apresentou o maior peso na AHP e foi essencial no contexto da priorização de áreas na bacia hidrográfica, pois a partir dele foi possível verificar a distribuição e a sua compatibilidade com relação às áreas protegidas (APP e UC) e com a capacidades de uso da terra. A priorização proposta mostrou-se coerente uma vez que foi possível definir e identificar os níveis de prioridade, sendo que as áreas com prioridade ‘muito alta’ e ‘alta’ são aquelas que devem ser enfocadas primeiro ou mesmo emergencialmente no processo de planejamento e gestão, e aquelas áreas com ‘baixa’ e ‘muito baixa’ prioridade apresentam melhores níveis de conservação e não possuem urgência nesse processo.