Avaliação bioquímica e hematológica de cães infectados por Ancylostoma spp. – estudo retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Bruna dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/190974
Resumo: Os parasitas do gênero Ancylostoma spp. são os helmintos de maior prevalência em cães no Brasil. Os relatos na literatura sobre as alterações hematológicas e bioquímicas, bem como de aspectos clínicos em cães naturalmente infectados por Ancylostoma spp. são escassos. O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar aspectos epidemiológicos e clínico-patológicos de cães naturalmente infectados por Ancylostoma spp., atendidos no Hospital Veterinário da FMVZ, Unesp–campus Botucatu, no período de 2009 a 2018. Todos os dados foram obtidos a partir dos registros médicos, e um grupo controle foi criado prospectivamente. A presença de ovos de Ancylostoma spp. no teste de flutuação simples das fezes foi utilizado para selecionar os casos positivos. A prevalência geral de Ancylostoma spp. foi de 12,1% (207/1.715). Somente nos cães com Ancylostoma spp. e sem comorbidades (n=35), a mediana da contagem de eosinófilos (1,05 x 103 /µL) e a proporção de eosinofilia (34,4%) foram maiores que no grupo controle (0,45 x 103 / µL e 4,1%, respectivamente). Também nesses cães, a AUC da curva ROC foi significante (0,72), e ao utilizar ponto de corte de 0,85 x 103 / µL, obteve-se uma sensibilidade de 65,7% e uma especificidade de 70,8%. Nos cães com mais de um ano de idade com ancilostomose clínica (n=23), a diarreia (56,5%) e a hematoquezia (52,2%) foram os sinais mais relatados na anamnese. Houve diminuição significativa (P<0,05) na contagem de hemácias, hematócrito, concentrações de hemoglobina e albumina nos cães com ancilostomose em relação ao grupo controle, além do aumento na contagem de leucócitos totais, neutrófilos e eosinófilos. Quando não há comorbidades associadas à infecção por Ancylostoma spp., a eosinofilia é capaz de auxiliar na suspeita clínica. Nos cães adultos com ancilostomose, além dos sinais clínicos, também as alterações hematológicas e bioquímicas devem ser ponderadas para fornecer tratamento adequado e eficiente.