Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Luiza Ikeda Seixas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/243193
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Resumo: |
Introdução. As infecções fúngicas invasivas (IFI) são uma importante complicação em pacientes com neutropenia febril (NF). Com o uso de antifúngicos profiláticos, a aspergilose invasiva tornou-se uma das principais IFI neste cenário clínico. Há duas formas de manejo destes pacientes. Um deles é a terapia empírica, em que se introduz antifúngicos nos pacientes com NF com duração maior ou igual a quatro dias em uso de antibióticos de amplo espectro. Outra estratégia é a preemptiva, na qual se utiliza de biomarcadores para um diagnóstico precoce e dirigido e uso mais restrito de antifúngicos. Objetivo. Este estudo teve como objetivo avaliar a custo-efetividade da estratégia preemptiva comparada a empírica no manejo de IFI em pacientes com NF, na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Métodos. Foi utilizado um modelo analítico de árvore de decisão, com um horizonte temporal de um ano, que teve como população alvo os pacientes com idade acima de 18 anos, com neoplasias hematológicas, transplantados ou não de células hematopóiéticas, que desenvolvem NF. Para a estratégia preemptiva, foi considerado o monitoramento combinado com dosagem sérica de galactomanana (GMN) e pesquisa de Aspergillus spp por reação em cadeia da polimerase (PCR) realizada no sangue. Os dados de desfechos e parâmetros clínicos para cada uma das estratégias avaliadas foram obtidos de estudos prévios publicados para a construção do modelo analítico. A medida de efetividade foi morte evitada. Os custos foram coletados em reais, obtidos da tabela de custos do SUS (SIGTAP) e da média ponderada das compras realizadas nos últimos 18 meses pelas instituições públicas do Brasil e não foram aplicados ajustes pela inflação. Uma análise de sensibilidade determinística de uma via e uma probabilística, pela simulação de Monte Carlo de segunda ordem, foi realizada para avaliar as variações do modelo. Resultados. O modelo analítico estimou uma sobrevida de 91,2% nos pacientes manejados de forma preemptiva comparados a 89,5% na empírica. A estratégia preemptiva (R$ 14.908,80) gerou um custo final por paciente menor que a empírica (R$ 15.417,10). A razão de custo-efetividade incremental (RCEI) foi – 28.993,56 R$/morte evitada. A análise de sensibilidade determinística mostrou que todas as variações encontravam-se abaixo da disposição a pagar. Na análise probabilística, 91,23% das 10.000 simulações ficaram abaixo da disposição a pagar. Conclusão. Este estudo demonstra que a estratégia preemptiva foi mais custo-efetiva que a empírica, o que permite sua incoporação no sistema de saúde pública do Brasil. |