Relações de poder e dominação no processo educativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Marino Filho, Armando [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91270
Resumo: Esse trabalho de pesquisa examinou as relações de poder e dominação no processo educativo, com o objetivo de estudar possibilidades de alteração nas relações de dominação, por meio da produção coletiva de um regulamento orientador das relações sociais no interior da sala de aula. Foi realizado em uma escola pública, em uma classe de Ensino Fundamental, com 30 alunos e um professor como sujeitos da pesquisa. Desenvolveu-se como uma pesquisa-ação, pela utilização de entrevistas, observações durante as aulas e com a colaboração do professor, em uma intervenção no processo de regulamentação da atividade em sala de aula. A fundamentação teórica do presente estudo foi a teoria Histórico- Cultural, baseada essencialmente em Vygotski e Leontiev, inspirada pelo Materialismo Histórico e Dialético marxista, além de outras fontes da psicologia, antropologia, sociologia e pedagogia. Foi observado o desenvolvimento de um processo de estruturação das atividades na sala de aula, que reproduz a estrutura de relações de poder e dominação presentes na sociedade. Também foi possível observar que as relações de dominação aparecem como contradição nas relações no interior da sala de aula e que, portanto, podem ser objetos de reflexão conjunta de aluno e professor. Nota-se que as contradições da regulamentação só aparecem para os alunos e para o professor no processo de produção coletiva da regulamentação quando as necessidades afetivas e emocionais dos alunos são consideradas. Isto não ocorre quando mecanismos de dominação prevalecem na construção das regras; nesta situação, verifica-se uma aparente concordância ou submissão a elas.