Do mítico que dá a certeza ao questionamento que dá a dúvida: os olhares de Herculano e Saramago sobre a realidade histórica de Portugal - Em que(m) você crê?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Biziak, Jacob dos Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91560
Resumo: Esta dissertação busca estabelecer uma discussão que coloque em evidência as relações dentre ficção e histórica, mas de forma a também estabelecer as mudanças das concepções de sujeito e de representação da realidade ao longo dos tempos, desde Descartes, passando por Kant, Schopenhauer, Nietzsche e Foucault. Mais do que tentar apreender como o romance histórico incorpora o passado, cabe, aqui, compreender como este se torna objeto de apresentação e de representação artística, uma vez que é valor que está submetido aos critérios de verdade e realidade de quem produz e de quem lê a obra artística que, por si só, já é objeto específico da criação humana. Como forma de oferecer respaldo às nossas reflexões e de estimulá-las, entraremos em contato com duas obras específicas de dois autores portugueses, uma do século XIX, Eurico, o presbítero, de Alexandre Herculano, outra do XX, História do cerco de Lisboa, de José Saramago. A intenção, aqui, é analisar como, por meio de duas obras distantes no tempo mas como a mesma preocupação de utilizar a história como parte da matéria-prima de suas composições, a ficção pode estimular a multiplicação de sentidos e de reflexões a respeito do que é verdadeiro, do que é real e do que é humano. A um questionamento paulatino da história segue-se um questionamento crescente a respeito do próprio estatuto do pensamento humano e da criação literária enquanto objeto de conhecimento.