Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Acuña, José Tadeu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217201
|
Resumo: |
Desde o final do século XX foram promulgadas no Brasil diversas políticas públicas, cujo o intuito eram de garantir a igualdade de direitos e equidade de oportunidades para o aprendizado dos estudantes com ou sem deficiência. Isso significa comprometimento em promover condições de acessibilidade física, pedagógica, atitudinal, comunicacional e informacional em todos os níveis de ensino, além do provimento de outros recursos e serviços educacionais. Todavia, o que está previsto legalmente diverge das reais condições de acessibilidade que estudantes universitários com Transtorno do Espectro Autista (TEA) encontram ao longo de sua trajetória acadêmica. Por se tratar de uma deficiência que impacta funções psicológicas como o pensamento e linguagem, os sujeitos com TEA podem necessitar de apoio em diferentes dimensões do seu processo educacional. Neste sentido, foram questionadas quais intervenções o profissional de psicologia poderia contribuir no desenvolvimento de condições de acessibilidade pedagógica a esses acadêmicos. Para responder a essa questão, objetivou-se investigar intervenções de promoção de acessibilidade pedagógica, a partir da Psicologia. O trabalho aconteceu em uma universidade pública paulista, com dois professores de um curso de Química, que foram indicados pelo coordenador desta graduação, pois tinham declarado a ele dúvidas quanto ao processo educacional de dois estudantes com TEA matriculados em suas disciplinas. A intervenção orientada pela Psicologia Histórico-Cultural foi estruturada da seguinte maneira: observação e descrição adaptada das aulas dos docentes (em semestres letivos distintos); encontros informativos e reflexivos, sendo que eles contaram com momentos de discussão e orientação, cujo objetivo era de colaborar com a sua prática pedagógica de forma a atender algumas das necessidades educacionais de seus alunos com TEA. Os dados dos diálogos foram gravados, transcritos e organizados mediante a análise qualitativa do conteúdo. O trabalho realizado permitiu refletir sobre as singularidades, potencialidades e contribuições da atuação do profissional de psicologia à prática pedagógica de professores universitários, cujas disciplinas eram cursadas por estudantes com TEA, dentre elas, destacam-se: clarificar que as diferenças pessoais não são motivos de desigualdade, mas direcionadoras de desenvolvimento humano; colaborar com a prática pedagógica do professor, orientando ações condizentes com o ritmo e forma de aprendizagem do estudante. A análise da intervenção também permitiu identificar limitações na atuação do profissional de psicologia e no próprio processo de desenvolvimento de condições de acessibilidade pedagógica, o qual não pode estar desvinculado da superação das barreiras atitudinais. Por fim, considerou-se que o suporte prestado pelo(a) psicólogo(a) ao professor universitário constitui-se como um dos elementos necessários quando se pensa proporcionar apoio à trajetória dos estudantes com TEA, todavia, se fazem necessários outros recursos e serviços especializados destinados a esses sujeitos. |