Porque as ideias importam: a crença no excepcionalismo americano como guia de formulação das grandes estratégias dos Estados Unidos no alvorecer da superpotência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Magnotta, Fernanda Petená [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93733
Resumo: No despertar do século XXI, muito se tem discutido a respeito da longevidade do poderio norte-americano e sobre a capacidade do país de manter a estabilidade do sistema internacional. Ao terem emergido como uma superpotência global sem precedentes, os Estados Unidos da América (EUA) tornaram-se um tema indispensável para o entendimento das Relações Internacionais (RI). Não à toa que tanto se tem debruçado, nas últimas décadas, sobre o desafio de desvendar a chamada Pax Americana, em geral, e sobre a tarefa de compeender as origens domésticas de suas escolhas internacionais, em particular. Visando jogar luz sobre tal dimensão, portanto, este estudo se propõe. Esta pesquisa - de caráter qualitativo e explicativo - tem como tema geral o chamado excepcionalismo americano e possui como objeto de estudo a política externa dos EUA no período embrionário de sua liderança - particularmente no momento que compreende a consolidação da potência, entre 1917 e 1947. Pretende-se investigar de que modo tal componente ideacional manifestou-se na formulação e implementação das grandes estratégias do país desde sua entrada na Primeira Guerra Mundial até o estabelecimento da Doutrina da Contenção. O estudo parte da hipótese de que as ações dos EUA encontraram-se sujeitas, no período analisado, a um processo subjetivo de interpretação da realidade que esteve atrelada, sobretudo, à forma como os próprios norte-americanos percebem a si mesmos e ao modo como visualizam o seu papel no mundo em cada momento. Assim, embora tal crença tenha se materializado de diferentes maneiras - provida de caráter missionário ou exemplar, por exemplo - ela representa um traço de continuidade, uma ideia-força, da política externa do país durante todo o período estudado