Efeito dos métodos de extração no uso da semente de Moringa oleifera como coagulante primário

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Chales, Geane Garcia
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Moringa oleifera; Citotoxicidade; Carga orgânica; Cytotoxicity; Organic load
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235796

Este trabalho teve como objetivo geral avaliar o efeito da forma de uso da semente de M. oleifera como coagulante primário, preparado após etapas primária (farinha), pré-tratamento secundário (extração do óleo da farinha) e secundária (extração das proteínas catiônicas em meio aquoso e salino), na qualidade da água tratada em termos de remoção de turbidez, efeito no pH, condutividade elétrica, potencial zeta, carbono orgânico residual e citotoxicidade. Foi utilizada água de poço ajustada com caulim para obtenção de uma água sintética com valores médios de turbidez de 200,8 unT e pH de 7,10. Foram preparados seis tipos de coagulantes à base de M. oleifera: farinha da semente (F-SMO), farinha delipidada (FD- SMO), extrato aquoso da farinha (EAF-SMO), extrato aquoso da farinha delipidada (EAFD- SMO), extrato salino da farinha (ESF-SMO) e extrato salino da farinha delipidada (ESFD- SMO), além do coagulante sulfato de alumínio (SA), para comparação. Os ensaios foram realizados em jar test. Para todas as formas de extração estudadas das sementes de M. oleifera o pH se manteve estável, ao contrário do SA que reduziu o pH. Além disso, a adição das diferentes formas de extração da semente de M. oleifera aumentou o potencial zeta da suspensão, característica de coagulação por adsorção e neutralização de cargas. Os extratos aquosos EAF-SMO e EAFD-SMO e as farinhas F-SMO e FD-SMO apresentaram valores semelhantes de remoção de turbidez (em média 74%) e não apresentaram aumento da condutividade. Os extratos salinos ESF-SMO e ESFD-SMO apresentaram as maiores remoções de turbidez após sedimentação (em média 90%), mas ainda inferiores ao SA (98%). A presença do sal (NaCl 1M) nos extratos salinos contribuiu para o aumento da condutividade elétrica e da citotoxicidade, sendo mais expressiva nas maiores dosagens. Os coagulantes à base de M. oleifera aumentaram a carga orgânica residual (COT) da água de tratamento e a delipidação, ao contrário do esperado, não contribuiu para a redução deste parâmetro. Assim, a delipidação não trouxe variação significativa na remoção de turbidez frente aos tratamentos sem delipidação, além de ter sido uma etapa importante para reduzir a citotoxicidade da água tratada, demonstrando ser uma etapa importante no processamento de coagulantes derivados de sementes de M. oleifera, além de gerar um subproduto com valor agregado.