Educação para as relações étnico-raciais do ponto de vista da localidade: desenvolvimento, segregação, ensino e africanidades-Ilha Solteira/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bonfim, Simone dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/190923
Resumo: O processo de ensino e aprendizagem contemporâneo brasileiro está impregnado de marcas do preconceito e racismo ditados, há séculos, pela visão eurocêntrica. O cenário educacional de Ilha Solteira/SP não é diferente. Muito pelo contrário, sempre foi permeado por diferenças impostas explícita e verticalmente de classe social e, de forma velada, uma discriminação racial, desde sua criação, em 1968, período cercado pela Ditadura Civil-Militar, cujo discurso ideológico pregava o desenvolvimento e a segurança nacional a todo custo. A cidade foi erguida a partir do canteiro de obras para a construção da usina hidrelétrica de mesmo nome e chegou a ter aproximadamente 35 mil habitantes, todos em função da gigantesca obra. Relatos de trabalho análogo ao escravo e acidentes com morte sempre foram encobertos pela administração local e a obra legitimada pela mídia local e nacional, posto sua associação ao progresso. Cientes disso, é que propomos como objetivo geral desta pesquisa o levantamento da visão de mundo existente a respeito de temas como: preconceito e discriminação raciais, posição do negro na sociedade brasileira e a Legislação Educacional envolvendo Africanidades junto aos atores educacionais da rede pública municipal de Ilha Solteira/SP. Para tanto, propõe-se analisar respostas envolvendo questionários aplicados junto aos professores polivalentes e especialistas, educadores de creche e equipe gestora da Rede Pública Municipal de Ensino Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental I de Ilha Solteira/SP. Justifica-se tal pesquisa pelo papel do negro na construção da sociedade brasileira, pelas prerrogativas contidas na Lei 10.639/2003, pelo papel da escola no combate ao preconceito e à discriminação raciais, bem como pela ausência de políticas públicas municipais voltadas para o tema Africanidades na rede municipal de ensino de Ilha Solteira/SP. A pesquisa é desenvolvida na UNESP/IBILCE/São José do Rio Preto e UNESP/FEIS/Ilha Solteira, apresenta abordagem quali-quantitativa, natureza aplicada e concilia exploração, descrição e explicação, valendo-se para isso de referências bibliográficas, legislação educacional e fontes documentais de primeira mão (leia-se, especialmente, as respostas aos questionários emitidas pelos atores educacionais mencionados).