Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Éderson [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181085
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Resumo: |
Esta tese se aventurou por labirintos incertos de discursos dos campos do currículo e da gestão escolar/educacional, a fim de tentar entender os jogos políticos nestes campos de conhecimento da educação na constituição de políticas da escola/educação. A entrada nesses labirintos se faz aqui como uma postura teórica assumidamente aberta às desconstruções imediatas do que a tese possa oferecer aos leitores, é um movimento que procura afastar as certezas, permitindo-nos o questionamento e a proposição de muitas verdades possíveis. Nosso objetivo foi analisar alguns discursos que se hegemonizaram dos campos do currículo e da gestão escolar/educacional do Brasil produzidos a partir de 1930 e suas possíveis articulações em torno da significante qualidade e analisar as contribuições que as negociações entre os campos do currículo e gestão escolar/educacional possam pensar a qualidade da educação escolar pública. Nosso referencial teórico-metodológico está inscrito nos estudos pós-estruturais, marcamos nossa análise em torno de alguns conceitos da Teoria do Discurso, bem como alguns operadores derridianos para potencializar as discussões. A partir da análise dos discursos do campo do currículo podemos perceber a criação de hegemonias em torno da qualidade a partir da busca por um currículo com foco nos conteúdos e objetivos, por um currículo que questionasse as relações de poder para se chegar à transformação social e na construção de processos de significação em um movimento do por vir, marcado pela diferença. Já nos discursos do campo da gestão escolar/educacionalidentificamos a criação de hegemonias em torno da gestão escolar/educacional como mediação para a eficiência ou para a transformação social. Pensando a gestão escolar/educacional como articulação e não mais como mediação, tensionamos os discursos do currículo e da gestão escolar/educacional para a construção de possíveis negociações entre si, o que abre terreno para o que chamamos de política cultural da escola. Acreditamos que os discursos de Paulo Freire e Anísio Teixeira, resguardando suas diferenças, encetam para a educação de qualidade no terreno democrático aberto e fluído. Assim, consideramos que os discursos presentes nas obras dos autores são potentes para pensarmos e fazermos uma educação escolar pública de qualidade e democrática. Por fim, entendemos que a política cultural da escola é compreendida como uma abertura para a luta pela qualidade, fato que se afasta da criação de etapas, ou seja, formas fixas a serem seguidas, por isso os dois campos pensados no terreno democrático podem criar suas próprias negociações, seus próprios cenários em busca de qualidade à escola pública. |