O rito da violência e o sentido justiceiro em contos de Rubem Fonseca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bento, Luccas Brazão [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94166
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar os contos “O Cobrador”, “Onze de Maio”, “Passeio noturno (parte I)”, “Feliz ano novo” e “O Quarto selo”, de Rubem Fonseca, a partir de uma perspectiva dialética, como a formulada por Antônio Candido em “Dialética da malandragem”. O contexto histórico reiterado nesses contos configura uma estrutura centrada em dois polos de tensão: um constituído por uma parcela dominante e outra subordinada, da qual emerge um a figura que procura voltar-se contra essa ordem estabelecida. A violência é o meio utilizado por esse tipo de personagem para a expressão de sua revolta. Por isso, esse tipo de intervenção não pode ser visto apenas como atos de violência, pois funciona como uma espécie de rituais carregados de simbologia social. Utilizando também o apoio de Da Matta, em Carnavais, malandros e heróis (1990), Castro Rocha (2004), Antonio Candido (1971), analisaremos esses processos de violência, procurando entender os símbolos manipulados durante esses acontecimentos e quais as características nos assassinatos que permitem interpretá-los como rituais e atos de justiça. Também com o auxílio de teóricos como Cortázar (1993), Propp (1983) e Jolles (1976), analisar-se-á como os efeitos de sentido dessa leitura “ritualística” deverão contribuir também para um melhor entendimento da estrutura narrativa desses contos e, consequentemente, da poética do autor e do papel da justiça na constituição de sua ficção