Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Mandolini, Ana Claudia Moura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204566
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Resumo: |
O reconhecimento da escola como uma instituição viva e que dialoga com seu tempo, portanto histórica, estabelece a demanda por relações sempre em movimento. Isso aponta para um aprendizado dinâmico, envolto numa realidade, e que possa contribuir para que os alunos se conectem com a vida em sala de aula e com o mundo, compreendendo os determinantes de sua condição, mas igualmente a apropriação de conhecimentos que os permitam transformar a sociedade. Ancorada nesses apontamentos, a expectativa do presente estudo caminhou na direção de visualizar que os projetos de trabalho, ao proporem uma organização pedagógica na qual os alunos são levados a buscarem diferentes formas de manipularem e organizarem as informações, e a perspectiva crítico-emancipatória, que demanda uma didática comunicativa e um olhar para além do movimento pelo movimento, poderiam criar possibilidades didático-pedagógicas junto às aulas de Educação Física afim de contribuírem para o desenvolvimento da autonomia dos alunos. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi analisar os desdobramentos de um processo de ensino de Educação Física inspirado pela perspectiva crítico-emancipatória, pela concepção aberta de ensino e pelos projetos de trabalho para o desenvolvimento da autonomia dos alunos. A presente investigação se orientou pela abordagem qualitativa, tendo assento na bricolagem. A professora de Educação Física da turma também cumpriu o papel de pesquisadora deste estudo. Os participantes do estudo envolveram 17 alunos com idades entre 10 e 12 anos, de uma turma de 5º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal do interior de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de diários de aula, rodas de conversa e questionário. Ao abrir espaço para que os alunos pudessem escolher, planejar, criar, desenvolver projetos de trabalho em aula, foram viabilizados caminhos em busca de ações democráticas que contribuíram para instigar a curiosidade e para encorajar o questionamento, o debate e a capacidade de inconformação, indignação. O desenvolvimento das aulas de Educação Física através dos projetos de trabalho, orientados por uma perspectiva crítico-emancipatória e pela concepção aberta de ensino, requer importantes ajustes que vão desde o percurso didático e ação docente até a construção de uma dinâmica de coparticipação entre todo o grupo. Nesse sentido, apontamos como resultado a importância da coparticipação na seleção de conteúdos e no planejamento das aulas, a empatia, o diálogo e a responsabilidade como elementos em prol da construção da autonomia dos estudantes. Assim, concluímos, de um modo geral, que a prática pedagógica construída evidenciou campos de interesse dos estudantes, abrindo espaços para um estreitamento de vínculo com suas próprias aprendizagens e a partilha com o outro. Elementos estes que potencializaram a coparticipação na seleção de conteúdos e no planejamento das aulas, mobilizando o desenvolvimento da autonomia. |