O ato de desgovernar e sua anatomia regional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Matos Neto, Antonio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/89150
Resumo: Semelhante às diferentes regiões do Brasil e do mundo, na região do nordeste brasileiro as claudicações nos equinos tem alta incidência e representam prejuízos econômicos e funcionais na espécie. Especificamente nessa região pratica-se o procedimento denominado “desgovernar” como ato cirúrgico cuja busca é eliminar a claudicação que acomete estes animais. O ato de “desgovernar” está presente há vários anos como um elemento cultural regional, incorporado nos costumes da população e caracterizado como tradição e é habitualmente praticado por médicos veterinários e por leigos. De acordo com descrição de proprietários, o procedimento pode ser definido como um ato cirúrgico com secção vascular seguida de hemorragia profusa, com ou sem hemostasia por ligadura, de acesso medial na região proximal e distal dos membros torácicos e pélvicos. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o ato conhecido como “desgovernar”, descrevendo-o mediante informações obtidas através de inquérito direto a 15 executores do ato (médicos veterinários ou leigos) e a proprietários de animais que foram submetidos ao procedimento. Com base nesses questionamentos foi realizado o estudo anatômico em cadáveres. As informações obtidas e a análise estrutural anatômica neste estudo indicam que a prática de “desgovernar” continua sendo um procedimento questionável quanto à técnica cirúrgica e à eficiência no tratamento das claudicações, comprometendo estruturas nervosas concorrentes. Desta forma, este procedimento deverá ser melhor estudado, em seus aspectos funcionais e clínicos para então poder ser claramente contra-indicado ou recomendado com adequações