Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Rodrigo Martins dos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153979
|
Resumo: |
A doença periodontal (DP) é uma preocupação de saúde pública, uma vez que leva à perda dos elementos dentais; além disso, possui associações com outras doenças inflamatórias crônicas tais como a síndrome metabólica e diabetes mellitus. Sabe-se que períodos irregulares de sono podem prejudicar o processamento de memória, reparo celular, regulação hormonal, metabolismo dos carboidratos e aumentar marcadores inflamatórios, evidenciando que o trabalho noturno ou em turnos alternados podem afetar a saúde do trabalhador. A melatonina (MEL) é o principal hormônio que controla os ritmos biológicos no nosso organismo, participando na regulação do sono, metabolismo de carboidratos e lipídeos, sendo suprimida quando há exposição a luz. Considerando-se os efeitos regulatórios da MEL sobre processos inflamatórios, se faz relevante avaliar a influência da deficiência ou suplementação de MEL sobre um processo inflamatório localizado como a DP. Objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da MEL na resistência à insulina (RI), na via de sinalização da insulina, nas citocinas pró-inflamatórias e no perfil lipídico em ratos pinealectomizados (PNX) sem ou com DP. 144 ratos Wistar (40 dias de idade) foram distribuídos em 8 grupos: 1) controle (CN); 2) DP; 3) PNX; 4) PNX e com DP (PNXDP); 5) CN tratado com MEL (CNMEL); 6) DP tratado com ME (DPMEL); 7) PNX tratado com MEL (PNXMEL); 8) PNX com DP e tratados com MEL (PNXDPMEL). Inicialmente os grupos PNX foram submetidos à cirurgia de pinealectomia aos 40 dias de idade e aos 60 dias de idade os animais foram submetidos à indução de DP nos primeiros molares inferiores. Logo após a indução da DP, foi iniciada a reposição com MEL (5 mg/Kg) por via oral (diluída em água de beber) por 28 dias. Ao término do tratamento foram analisados os seguintes parâmetros: 1) dosagem de glicemia e insulinemia; 2) avaliação do perfil lipídico; 3) avaliação do grau de fosforilação em serina da Akt no tecido adiposo, músculo gastrocnêmio e fígado. Os resultados demonstram 1) DP e PNX com DP causaram RI e aumento nas concentrações plasmáticas de TNF-α; 2) nenhuma diferença na glicemia e nos níveis de IL-6; 3) nenhuma alteração no grau de fosforilação em serina da AKT após a estimulação insulínica entre os grupos nos tecidos analisados; 4) apenas os grupos PNX e PNXDP apresentaram alteração no perfil lipídico; 5) a reposição com MEL melhorou todos os parâmetros alterados analisados. A partir desses resultados podemos inferir que a administração de MEL foi capaz de melhorar a resistência à insulina, diminuir a insulinemia e as concentrações plasmáticas de TNF-α e nos grupos DP, PNX e PNXDP, além disso restaurar o perfil lipídico nos grupos pinealectomizados. Podemos sugerir que a MEL teve um papel protetivo, diminuindo a RI em ratos com DP e PNX com ou sem DP. Somente nestes grupos PNX, a MEL melhorou o quadro do perfil lipídico. Desta maneira, o presente estudo enfatiza a importância de se prevenir a DP afim de prevenir a RI, a qual está intimamente relacionada com o DM2, como também alertar aos trabalhadores noturno que podem apresentar desordens nos ritmos biológicos levando as alterações metabólicas |