Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Denise Cristina da Costa França dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191804
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Resumo: |
No Brasil, a partir da década de 1970, o tema da Educação Especial ganhou nova dimensão no campo educacional. No decorrer desse período, a Educação Especial passou por algumas reformulações conceituais e de atendimento, baseadas principalmente, nos princípios de normalização e integração escolar. Em virtude desse modelo ter sido criticado, exatamente porque a responsabilidade da não adaptação recaía sobre o sujeito, surgiu então, no bojo das políticas sociais inclusivas, a mais recente e muito significativa reformulação em termos conceituais e mesmo quanto ao modelo de atendimento, chegando à escola como inclusão educacional, propondo-se a abranger as minorias excluídas do sistema educacional, entre elas os alunos Público Alvo da Educação Especial (PAEE). A universalização do acesso à escola regular é preeminente em uma sociedade inclusiva. Contudo, alguns estudos vêm apontando as dificuldades apresentadas pelo sistema comum de ensino, tanto no que se refere à organização e infraestrutura dos espaços escolares, quanto à formação de professores. A inclusão educacional, para ser de qualidade, pressupõe muitas alterações no espaço escolar. Nesse novo modelo educacional a Educação Especial deixa de ser substitutiva e passa a ser complementar à educação comum, o que implica em um trabalho de parceria e colaboração. O ensino colaborativo faz parte da proposta educacional de alguns países, e tem favorecido a inclusão dos alunos PAEE. Nessa direção, o objetivo principal dessa pesquisa foi analisar o trabalho desenvolvido pelo professor especializado neste contexto de transição do papel da Educação Especial de um modelo substitutivo para um modelo complementar. Para tanto, utilizamos uma metodologia de abordagem qualitativa do tipo descritiva e como técnica de coleta de dados foram feitos encontros em grupo focal com seis professoras especializadas de um município do Estado de São Paulo. Com esse estudo foi possível dar voz a essas professoras especializadas em educação especial. Para análise e interpretação dos dados coletados, utilizamos a Análise de Conteúdo. Após a transcrição literal das falas das participantes, foram construídas categorias de análise que permitiram discutir os dados. Os resultados apontam a necessidade de uma reestruturação na organização escolar, desde o espaço físico e arquitetônico, até as mudanças atitudinais e de trabalho dos professores. Evidencia-se a necessidade de se desenvolver um trabalho colaborativo junto à gestão pedagógica e toda equipe escolar e constata-se a urgência da definição do papel do professor da educação especial e também a colaboração entre o professor regente e o especializado. Conclui-se que, apesar da legislação vigente, as práticas cotidianas ainda estão distantes de um sistema inclusivo que favoreça o ensino para todos e que os professores especialistas e o das salas comuns ainda encontram muitas barreiras para articularem o trabalho de coensino, o que favoreceria a formação de uma escola colaborativa e inclusiva. Esperamos que seja apenas o início do diálogo, pois muito ainda necessita ser pesquisado, muitas pessoas precisam ser ouvidas e práticas serem alteradas, para que se efetive a tão almejada inclusão. |