Indicadores clínicos e laboratoriais como determinantes de um padrão na evolução das infecções orais graves: estudo retrospectivo de 3 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Saizaki, Marcelo Teruyoshi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237172
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi avaliar possíveis indicadores clínicos e laboratoriais que podiam determinar um padrão na evolução das infecções e orientar os profissionais a tomarem uma melhor conduta para o caso. Foram colhidos os dados de 440 prontuários que apresentaram diagnóstico compatível e confirmado de infecção oral grave atendidos durante 3 anos no Hospital Municipal Alípio Correa Netto na cidade de São Paulo – SP. O período de coleta de dados foi compreendido entre 01 julho de 2018 até 01 julho de 2021. Foram analisados a presença de doenças de base e o trismo, o número de espaços bucais acometidos e se as alterações de exames laboratoriais podiam ou não determinar um padrão no curso do tratamento das infecções orais graves. A idade média dos pacientes foi 26,5 anos, e a origem da infecção foi a pulpar em 80%. Os principais sinais e sintomas observados foram: Dor, Prostração, Trismo, Febre, Odinofagia e a dispneia. Em 65% dos casos, múltiplos espaços estavam envolvidos na infecção, sendo os espaços submandibular (68,4%) e o bucal (53,7%) os mais frequentemente envolvidos. A variante doença de base foi uma das que mais apresentaram significância estatística em nosso trabalho. Observamos que a maioria dos pacientes com doença de base precisaram ser tratados com anestesia geral devido ao maior grau de gravidade dos casos. A média de dias de internação foi de 8,1 dias para pacientes sistemicamente comprometidos, contra 4,2 dos pacientes hígidos. O valor da PCR também foi fortemente influenciado pela doença de base, apresentando uma média de 45 mg/L para pacientes comprometidos contra menos de 20 mg/L dos pacientes sem alteração. Podemos concluir, portanto, que os pacientes sistêmicos devem ser tratados com uma atenção maior, porque tendem a apresentar maior trismo, maiores valores da PCR, maior necessidade de tratamento em centro cirúrgico, maior tempo de internação clínica e principalmente nas unidades de terapias intensivas, o que demonstra uma maior gravidade dos casos.