Detecção e caracterização molecular de isolados de Blastocystis sp., Dientamoeba fragilis e Enterocytozoon bieneusi em amostras fecais humanas encaminhadas para laboratório clínico de Bauru, São Paulo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bertozzo, Thainá Valente
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194416
Resumo: A prevalência dos parasitas gastrointestinais Blastocystis sp, Dientamoeba fragilis e Enterocytozoon bieneusi na população humana ainda é subestimada, já que frequentemente, a pesquisa desses parasitas não é incluída na rotina dos laboratórios clínicos. No presente estudo, objetivou-se detectar, caracterizar geneticamente e georreferenciar os isolados presentes em amostras de fezes submetidas para exame parasitológico em um laboratório clínico de Bauru. Amostras obtidas de indivíduos de ambos os sexos, com idades variando de 0 a ≥ 55 anos e procedentes de 16 municípios do estado de São Paulo foram submetidas à PCR e sequenciamento com base nos genes SSU rRNA de Blastocystis sp. e D. fragilis e ITS para E. bieneusi. Além da PCR/sequenciamento, o diagnóstico de Blastocystis sp. incluiu o exame microscópico de fezes. De 348 amostras, 8 (2,3%), 16 (4,6%) e 108 (31%) foram positivas para D. fragilis, E. bieneusi e Blastocystis sp., respectivamente. Maior frequência de amostras positivas para Blastocystis foi observada entre crianças com idade de cinco a nove anos (p<0,0001) e mais densamente distribuídas em áreas residenciais mais populosas. Quanto à genotipagem, entre os isolados de Blastocystis sp., sete subtipos distintos foram identificados, a saber ST1 (n=44), ST2 (n=10), ST3 (n=49), ST4 (n=1), ST6 (n=2), ST7 (n=1) e ST9 (n=1). Todos os isolados de D. fragilis foram classificados como genótipo 1 e os isolados de E. bieneusi incluíram os genótipos D (n =15) e A (n =1). A partir dessas observações ressalta-se que (1) a detecção de Blastocystis sp., D. fragilis e E. bieneusi em amostras de indivíduos de ambos os sexos e de diferentes faixas etárias, submetidas ao exame parasitológico em um laboratório clínico, aponta para a necessidade de inclusão da pesquisa nos exames de rotina; (2) a variabilidade genética dos isolados sugere a exposição a diferentes fontes de contaminação e (3) a maior densidade de amostras de fezes positivas para Blastocystis sp. em áreas mais populosas sugere um risco maior de disseminação e transmissão do parasita.