Parasitoses Intestinais em crianças com transtornos neurológicos atendidas em uma instituição de reabilitação em Niterói, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Freitas, Juliana Torres de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6134
Resumo: As parasitoses intestinas apresentam de média a alta frequência nos países em desenvolvimento sendo as crianças o principal grupo atingido. Diversos fatores associados ao hospedeiro, tais como ambiente e hábitos da comunidade, como saneamento básico deficiente, grau de escolaridade dos responsáveis e desconhecimento favorecem a distribuição espacial das parasitoses intestinais, aumentando o risco dessas infecções. Dentre as crianças, as com necessidades especiais são as que apresentam potencialmente maior susceptibilidade a essas infecções por possuírem atenção e aprendizagem deficientes, distúrbios psicomotores, maior contato com o ambiente externo e hábitos alimentares inadequados. Baseado no contexto apresentado, esse trabalho objetivou identificar os enteroparasitos, bem como os fatores de risco associados à aquisição dessas parasitoses, em crianças com necessidades especiais atendidas na Associação Fluminense de Reabilitação em Niterói, RJ e assim contribuir para o entendimento da epidemiologia dessas parasitoses e fornecer subsídios para intervenções possibilitando uma melhora na qualidade de vida desse segmento comunitárioFoi realizada sensibilização dos pais ou responsáveis de crianças atendidas no Instituto de Reabilitação, sendo distribuídos coletores para recolhimento de amostras fecais e aplicado questionário epidemiológico. As amostras foram processadas pelas técnicas de Ritchie modificado por Young, Faust et al., Lutz e Baermann-Moraes. Aderiram ao estudo 277 crianças especiais, sendo que dessas 156 entregaram amostras fecais. Do total de participantes, 13 (8,3%) foram positivos para parasitos intestinais, sendo Blastocystis sp. (46,15%) o parasito mais frequente. Foi observada uma maior positividade para protozoários, principalmente não patogênicos. Encontrou-se associação estatisticamente significativa entre grau de escolaridade da mãe com a positividade para enteroparasitos. Apesar da condição especial no grupo avaliado que aumentaria o risco para transmissão de enteroparasitos, a baixa frequência encontrada demonstrou a existência de cuidados adequados de saúde, prevenindo essas infecções. No grupo positivo torna-se importante ressaltar aos pais ou cuidadores a necessidade de atenção as questões de higiene pessoal e ambientais associadas principalmente ao comportamento das crianças, qualidade da água e alimentos, considerando que a transmissão desses parasitos ocorre por via feca-oral associado a múltiplos fatores.