Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Escute, João Paulo Vieira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136340
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Resumo: |
Em seu primeiro livro, Rilke Shake (2007), Angélica Freitas apresenta poemas que mostram as distintas dicções que marcam a sua poesia e que, compondo a mistura do livro, resultam em um “drink” de tradição e contemporaneidade. Neste trabalho realizamos um estudo da obra Um útero do tamanho de um punho (2012), a fim de elucidar o discurso sobre a mulher que emerge dos poemas, já indicado pelo título do livro, procurando, a partir disso, delinear as possíveis transformações na trajetória da poeta ao estabelecer diferenças e semelhanças entre esta obra e a primeira publicação, estudada na pesquisa de iniciação científica que antecedeu a presente dissertação, de modo a poder avaliar o lugar de Freitas no cenário da poesia brasileira contemporânea, em que distintas linhas de força se fazem notar. Em Um útero é do tamanho de um punho (2012), é possível perceber que a leveza do livro anterior, dá lugar a uma atmosfera mais densa, com a manutenção da ironia, para escrever sobre a mulher, evidenciando não só a visão contemporânea do sujeito feminino mas toda uma tradição que, durante séculos, reforçou rótulos que submeteram a mulher a um lugar inferior na sociedade patriarcal. A escrita de Freitas não se dá de maneira aleatória, uma vez que a poeta possui um projeto poético coeso, compreendendo a temática do diálogo com a tradição e a questão do feminino, que abraça questões de gênero e sexualidade, sempre lançando mão de referências que misturam um refinado conhecimento erudito com elementos das culturas de massa, popular brasileira e pop. Os poemas convidam o leitor a ir além da gargalhada ao final do último verso, expandindo uma leitura simples e revelando, após uma cuidadosa degustação do shake de Freitas, uma reflexão provocada por esse riso aparentemente despretensioso. O discurso sobre o feminino, entrelaçado com o diálogo entre tradição e reinvenção poética, permite que Um útero é do tamanho de um punho (2012) se comunique com Rilke Shake (2007), revelando, assim, que mesmo se tratando de work in progress, a escrita de Freitas nos permite delimitar características e temas recorrentes a serem explorados neste trabalho. |