Infância (n)ativa: potencialidades de participação e cidadania às crianças na mídia digital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferreira, Mayra Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157357
Resumo: Como garantir a expressividade infantil e seu potencial cidadão na mídia digital? Esta é uma das questões norteadoras desta pesquisa que visa investigar a participação das crianças na mídia digital, considerando as mediações e as interações de modo a assegurar seu direito à liberdade de expressão, conforme postula a ONU (1989). A partir das potencialidades interativas e participativas da Internet e dos usos e das apropriações das tecnologias digitais pelo público infantil, discutidos neste estudo, é importante que as crianças assumam seu protagonismo nos espaços digitais de modo que estes atuem para favorecer a livre expressividade, a criatividade, a criticidade e a coautoria infantis. Tendo em vista o conceito de Comunicação Participativa e o método do Cassete Fórum, do pesquisador Mario Kaplún, a proposta desta pesquisa, embasada metodologicamente na pesquisa-ação, destaca as crianças como sujeitos, e não meros consumidores digitais, a fim de que elas apresentem seus interesses e suas utilizações de mídia e ferramentas digitais, construindo, assim, um panorama sociocultural desta geração da infância. Têm-se como sujeitos participantes crianças de nove a 11 anos de escolas públicas municipais da cidade de Bauru, selecionadas por meio de um diagnóstico do perfil on-line, tendo como base o questionário do Comitê Gestor da Internet no Brasil. A partir da adaptação do método cassete-fórum para o meio digital, as crianças em grupos foram convidadas a debater a temática dos direitos da criança na Internet a fim de subsidiar questões sobre riscos, oportunidades, direitos e expressividade on-line à infância conectada. Esta pesquisa mostra que, embora haja interesse em plataformas interativas, não há garantia de efetiva interação, ao passo que é necessária a atuação conjunta de agentes de socialização da infância, tendo como foco as literacias midiáticas, para oportunizar espaços de participação e, consequentemente, de protagonismo cidadãos às crianças. Considerando essa potencialidade, o estudo apresenta diretrizes de modo propositivo às crianças, à família, à escola e à mídia, previamente avaliadas positivamente por sujeitos participantes desta pesquisa, visando à valorização da criança como sujeito comunicativo e cidadão crítico. Desse modo, é possível assegurar a cidadania desde a infância.