Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Palomino, Rafael Henrique [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/115818
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Resumo: |
Este trabalho pretende identificar traços da imagem do leitor presumida nas reportagens de revista. O objetivo primário é observar uma regularidade nas atividades discursivas (o perfil do leitor, tal como é imaginado) que pode dizer algo sobre o gênero como um todo, uma vez que a imagem do leitor estrutura o gênero. Imagina-se ainda que essa imagem do leitor não possa ser neutra. Isso significa que a atividade de reportar define um perfil de seu leitor, que, em algum grau, acaba por ser interiorizado pelo falante que participa dessa atividade. Esse perfil é o ponto de partida para a leitura, e o guia para a escrita. Este trabalho baseou-se na análise de 72 reportagens de CartaCapital, Época, IstoÉ e Veja, de outubro de 2008. Partiu-se do conceito de gêneros discursivos como uma estabilização de formas discursivas na interlocução e por ela, decorrente da necessidade de essas formas cumprirem uma função numa atividade social humana. Procurou-se mostrar a existência de um gênero que realiza a função de reunir os acontecimentos da semana, ligá-los e interpretá-los; a ele, deu-se o nome de reportagem. Pelo exame do contexto sócio-histórico, deduziram-se hipóteses sobre o gênero, que se submeteram ao teste empírico no corpus. Concluiu-se que a reportagem de revista mantém um diálogo marcado por um traço de intimidade com o leitor, estabelecendo com ele um vínculo de confiança subjetiva. Ela se ocupa, acima de tudo, de interpretar, e não de informar. Sua argumentação procede mais intensamente ao reforço de valores de grupo, do que à veridicidade das interpretações apresentadas. Embora a reportagem de revista se deixe permear pelo diálogo em larga escala e precise reagir aos discursos contrários ao seu, a argumentação para convencer o leitor do que ela diz, ou para dissuadi-lo das teses que a contrariam, é relativamente rara. A leitura é fortemente marcada por traços emocionais, dos quais o mais comum é o... |