Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Kogawa, João Marcos Mateus [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/93961
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Resumo: |
O pensamento de M. Bakhtin e seu círculo traz indagações importantes para o campo lingüístico e literário. Os conceitos que formam o universo teórico desse grupo russo permite-nos investigar diferentes tipos de discursos, especialmente, os discursos artístico e literário. Assim, propomos olhar para a forma com que o compositor Chico Buarque constitui seu mundo artístico a partir do conceito de polifonia, que Bakhtin desenvolve em seu texto Problemas da Poética de Dostoiévski. Analisamos o universo artístico buarqueano e percebemos certa dificuldade em caracterizá-lo como polifônico. Tal fato instiga-nos, então, a propor uma re-leitura sobre o conceito de polifonia a partir de sua “aplicação” em um tipo de discurso específico: algumas canções de Chico Buarque. Esse procedimento teórico e metodológico conduz-nos a relativizar algumas “máximas” teóricas como: “a consciência é polifônica” ou “todo discurso é polifônico”. A polifonia não se caracteriza apenas pela coexistência de várias vozes. Mais que isso, é a forma de coexistência das vozes que permite a Bakhtin concluir que Dostoiévski é um autor polifônico. Nesse sentido, o romance polifônico é um espaço discursivo em que as personagens compõem um conjunto de vozes que dialogam igualmente. Não há sobreposição de uma voz sobre outra, apesar de o autor ser o centro organizador da relação entre as personagens. Acreditamos, portanto, que é possível relativizar o conceito de polifonia a partir da análise de um universo discursivo não-polifônico, ou seja, caracterizamos a polifonia a partir do monológico. |