Habilidades receptiva e expressiva da linguagem em pré- escolares com diagnóstico de transtorno do espectro autista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Janaína Maria Alves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215075
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um dos transtornos do neurodesenvolvimento mais encontrados na infância. Estão entre os principais sintomas: alterações sensoriais, prejuízo de interação social e comportamentos repetitivos. O diagnóstico precoce favorece uma intervenção mais eficaz devido à neuroplasticidade que é maior durante a infância. Desse modo, são importantes a identificação e o entendimento dos sinais e sintomas que sugerem esta condição para auxiliar, assim, no diagnóstico precoce, bem como na avaliação fonoaudiológica e orientação aos pais e professores. O Preschool Language Assessment Instrument - Second Edition (PLAI-2) propõe investigar e caracterizar as habilidades comunicativas (receptivas e expressivas) de crianças entre três anos e cinco anos e 11 meses de idade. É constituído por 70 estímulos, subdivididos e distribuídos de forma equivalente em dois níveis de resposta: (1) receptivo: refere-se à capacidade do sujeito em responder de forma não verbal à tarefas e (2) expressivo: refere-se à capacidade do sujeito em responder de forma verbal às tarefas, em cada um dos quatro itens de habilidade comunicativa, sendo elas: escolha, análise seletiva, análise perceptual e raciocínio. O objetivo geral deste estudo foi investigar o desempenho da linguagem e dos aspectos comportamentais de crianças pré-escolares com diagnóstico de TEA e comparar com crianças com desenvolvimento típico de linguagem. Foram selecionadas 15 crianças, de ambos os sexos, diagnosticados com TEA – nível 1. O Grupo Amostral foi subdividido em três grupos a partir da faixa contemplada pelo PLAI-2: Grupo Amostral I (GAI): 5 crianças com idade cronológica de três anos a três anos e 11 meses; Grupo Amostral lI (GAll): 5 crianças, com idade cronológica de quatro anos a quatro anos e 11 meses e Grupo Amostral IIl (GAIIl): 5 crianças, com idade cronológica de cinco anos a cinco anos e 11 meses. Para caracterização dos grupos, foram utilizados os seguintes instrumentos: escala de avaliação de traços autísticos (ATA) e, para teste de inteligência, o SON-R 2½-7. Para investigar a linguagem, foi utilizado o Preschool Language Assessment Instrument - Second Edition (PLAI-2). Para o grupo comparativo, foram selecionadas 45 crianças, seguindo o mesmo critério para o grupo amostral com o intuito de comparar os grupos. Os dados foram analisados estatisticamente pelo software SPSS, versão 21. Como resultados, observou-se que o grupo amostral apresentou desempenho abaixo quando comparado ao grupo comparativo com diferenças estatisticamente significantes na maioria dos itens e subitens do PLAI-2, em todos os grupos etários, crianças com TEA 11 apresentaram escores abaixo em todos os itens e subitens do teste, quando comparadas a crianças típicas. Após a análise dos resultados, foi possível concluir que (1) crianças com TEA – nivel1 apresentaram desempenho inferior quando comparados ao desempenho de crianças com desenvolvimento típico de linguagem; (2) a versão brasileira do PLAI-2 foi capaz de discriminar o desempenho dos grupos.