Características vocais perceptivo-auditivas e acústicas e achados videolaringoscópicos em pacientes submetidos à tireoidectomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Iyomasa, Renata Mizusaki [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144489
Resumo: Introdução: Disfonia no pós-operatório de tireoidectomia é frequente, principalmente nos primeiros dias, devido à proximidade da glândula com as estruturas da laringe. Dentre as causas destacam-se a paralisia de pregas vocais por lesões dos nervos laríngeos. Objetivo: analisar, em pacientes submetidos à tireoidectomia, a presença de sintomas vocais, as características vocais perceptivo-auditivas e acústicas e os achados videolaringoscópicos, correlacionando-os ao tipo de procedimento cirúrgico e ao laudo histopatológico. Casuística e Métodos: 151 pacientes submetidos à tireoidectomia em nosso serviço entre 2012 e 2015 e que aceitaram participar do estudo foram submetidos às avaliações: anamnese, videolaringoscopia, e avaliações vocais perceptivo-auditivas e acústicas. Momentos estudados: pré-operatório, 1º pós (até 15 dias), 2º Pós (1mês), 3º Pós (3 meses) e 4º pós (6 meses), este último foi reservado aos pacientes que mantinham alterações videolaringoscópicas até o 3º Pós. Resultados: Dentre os 151 pacientes (130 mulheres; 21 homens), os sintomas vocais tiveram o seguinte curso: Pré (n-4; 2.6%), 1º Pós (42; 27.8%), 2º Pós (23; 15.2%); 3º Pós (15; 10%), 4º pós (11; 7.2%). Na escala GRBASI os parâmetros comprometidos foram G, R e I. O Tempo Máximo de Fonação não se alterou entre os momentos, apenas entre os gêneros. Houve diminuição de f0 e APQ no pós-operatório nas análises acústicas. As videolaringoscopias registraram 34 paralisias (32 do nervo laríngeo recorrente e dois do nervo laríngeo superior). Após seis meses, apenas 10 pacientes mantinham a paralisia do nervo laríngeo recorrente (6.6%). Laudos histopatológicos: bócio coloide (76), tireoidite (8) e carcinoma (67). Cirurgias: loboistmectomia (40), tireoidectomia total (88), tireoidectomia total + esvaziamento cervical (23). Conclusão: Sintomas vocais foram reportados por 27.8% dos pacientes no 1º pós-operatório de tireoidectomia, reduzindo para 7% em seis meses. Na escala GRBASI, os parâmetros G, R e I estavam alterados bem como f0 e APQ nas análises acústicas. Paralisia temporária de pregas vocais por comprometimento do nervo laríngeo recorrente ocorreu em 21% dos pacientes, mantendo-se após seis meses em apenas 6.6% dos casos. Paralisia temporária por comprometimento do nervo laríngeo superior ocorreu em 1.3%, havendo recuperação completa de todos os casos em seis meses.