Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Xavier, Ana Laura Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193372
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Resumo: |
Partiu-se do pressuposto que a Biblioteconomia brasileira contemporânea integra o hall de profissões feminizadas, visto que desde a década de 1930 a profissão concentra um alto número de mulheres. Entretanto, ao se delinear o percurso histórico da área, observou-se que inicialmente a profissão de bibliotecária/o foi protagonizada por homens devido à forte influência europeia que permeava a sociedade brasileira no decorrer do período colonial e republicano. Este aspecto agiu diretamente nas disciplinas ministradas e no público alvo do primeiro curso de Biblioteconomia do país, criado pela Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro em 1911. Assim, compreendeu-se como temática central “quando a Biblioteconomia brasileira se tornou uma escolha profissional para mulheres”. Para tanto, adotou-se uma abordagem qualitativa com objetivos exploratórios e procedimentos bibliográficos, documentais e históricos como modo de atingir o objetivo geral de evidenciar a presença de mulheres no percurso histórico da Biblioteconomia brasileira; e os objetivos específicos: a) Analisar a proporção de mulheres nas primeiras décadas de oferecimento do curso de Biblioteconomia do Rio de Janeiro (1911) e de São Paulo (1930); b) Destacar a participação e os cargos ocupados por mulheres na fundação de Escolas e Cursos, Associações, Órgãos de Classe e Sindicatos relacionados à Biblioteconomia no período de 1930 a 1970; c) Buscar e analisar quais os fatores que favoreceram para que a Biblioteconomia brasileira se consagrasse como uma profissão feminizada. Obteve-se como resultado que a Biblioteconomia se estabeleceu como escolha profissional para mulheres a partir de 1929 por intermédio do Mackenzie College em São Paulo, instituição esta que habilitou Adelpha Figueiredo, primeira mulher graduada em Biblioteconomia no Brasil, para organizar a biblioteca do Colégio e ministrar aulas no segundo curso profissionalizante em Biblioteconomia do país, tendo como enfoque a pragmática estadunidense. Concluiu-se que a partir deste momento, a profissão bibliotecária se consolidou como tecnicista, se aproximou do Magistério e foi inscrita no Setor Terciário da Economia, características estas que, segundo a ótica da Divisão Sexual do Trabalho, foram cruciais para que a profissão se consagre como feminizada. Além disto, notou-se uma escassez de documentos bibliográficos que tratassem das questões de gênero no âmbito da Biblioteconomia, visto que o fato de esta ser composta majoritariamente por mulheres representa a dificuldade de legitimação da profissão perante a sociedade, sendo fundamental o investimento de pesquisas na temática. |