Narrativas de vida de educadoras matemáticas paranaenses: marcas de gênero em um diário de uma feminista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santi, Tailine Audilia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215427
Resumo: O objeto de investigação desta pesquisa de mestrado são trajetórias de educadoras matemáticas do estado do Paraná. Trata-se de professoras que foram agentes promotoras e propulsoras do ensino da matemática e da Educação Matemática como movimento e campo de pesquisa no Paraná. Trabalhamos com a História Oral como metodologia de pesquisa qualitativa para gerar as fontes históricas desta pesquisa. Frente a narrativas de oito colaboradoras, obtidas meio de entrevistas, traçamos a questão norteadora da pesquisa: Qual ideia de feminino a educação matemática ajudou a construir ou a desconstruir? A partir dessa questão, temos dois objetivos específicos: (1) tecer compreensões sobre os significados produzidos por educadoras matemáticas em suas narrativas sobre suas vivências e enfrentamentos em relação às marcas de gênero que perpassam suas vidas e trajetórias na docência, e (2) tecer compreensões sobre as relações entre esses enfrentamentos e o processo de feminização do magistério no estado do Paraná. Arriscamos em uma escrita em diário com potencialidades, em uma feminina e subjetiva. Nestes fragmentos inventamos algumas compreensões de como pensamos que a educação matemática foi um espaço para produzir transgressões, construir ou desconstruir ideia de feminino socialmente impostas. Entendemos que muitas professoras foram privilegiadas, mas, de todo modo, essas professoras subverteram sistemas e puderam ocupar espaços que não eram destinados a uma mulher. Mesmo nas salas de aula, um lugar feminizado, elas puderam transgredir regras e fazerem diferente daquilo que era imposto, quando precisaram conciliar tão dificilmente a vida profissional e o cuidado dos filhos, quando ocuparam espaços hierárquicos no ensino superior e foram imprescindíveis para a instituição de programas de pós-graduação em educação matemática no estado do Paraná. Nesse estado, a participação das educadoras matemáticas foi decisiva para a constituição de um movimento para se pensar sobre a Educação Matemática, e as entrevistas nos dizem muito sobre isso: essa área também foi promovida e pensada por mulheres. E quando pensamos na construção desse campo institucionalmente, é na trajetória dessas educadoras matemáticas que o campo constrói e desconstrói a ideia de feminino.