Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Juliana Marques de Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/236516
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Resumo: |
A criação da Universidade de Brasília na década de 1960 representou o modelo de um projeto inovador, que tinha como um dos objetivos estabelecer na nova capital do país uma universidade inédita. Com a ditadura militar esta passou a ser vista como um local de subversão, uma ameaça que precisava ser combatida, passando a sofrer com as invasões que ocorreram nos diferentes momentos do regime. Estes episódios geraram um clima de instabilidade e insegurança, a comunidade acadêmica inteira foi colocada em suspeição. A maioria dos jornais veiculavam notícias que difamavam a universidade, o seu corpo docente e discente, muitos não conheciam a UnB e nem buscavam fazê-lo. A partir deste cenário, e tendo como fundamentação teórica a perspectiva do esquecimento e silenciamento de Irene Cardoso, a presente pesquisa busca analisar a cobertura realizada pelo jornal Correio Braziliense sobre as invasões que ocorreram na UnB nos anos de 1964, 1965, 1968 e 1977, a fim de compreender como o jornal relatou esses episódios. A nossa análise evidenciou que prevaleceu um caráter oficialista nas reportagens, privilegiando principalmente notas oficiais dos órgãos de segurança e as falas dos diferentes reitores que ocupavam o cargo no momento de cada uma das invasões. A comunidade acadêmica teve pouco espaço e a palavra “invasão” foi amplamente utilizada somente em 1968, momento no qual notamos uma mudança na cobertura, se compararmos os anos de 1964 e 1965. Em 1977, embora destacasse as mobilizações do movimento estudantil, a cobertura do Correio Braziliense continuou minimizando a ação da polícia dentro do campus, muitas vezes dando ares de normalidade a ela. |