A Semana Sangrenta e a imprensa: estudantes e policiais nas ruas do Rio de Janeiro em junho de 1968

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Assis, Karina Rangel Cruz de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19137
Resumo: Esta dissertação de mestrado tem como objetivo estudar as representações da imprensa carioca durante a chamada “Semana Sangrenta”, ocorrida nos dias 19, 20 e 21 de junho de 1968. Os três dias da “Semana Sangrenta” também ficaram conhecidos, respectivamente, como “Quarta-feira Sangrenta”, “A violência na Praia Vermelha” e “Sexta-feira Sangrenta”. Durante aqueles três dias ocorreram intensos conflitos entre estudantes e policiais nas ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro. Os estudantes reivindicavam a revogação da Lei Suplicy e dos acordos MEC-Usaid; também protestavam contra a transformação das universidades públicas em fundações. O movimento estudantil também lutava contra a ditadura militar e pedia pela libertação de presos políticos. Porém, em busca do diálogo os estudantes só receberam como resposta a violência. Naqueles dias de junho de 68 um grande número de pessoas ficou ferida, foram presas e também houve muitos relatos de casos de morte entre estudantes, policiais e civis. Enquanto isso, a imprensa carioca noticiou os eventos e registrou mas cenas de violência. Aqui selecionamos para estudar nesta dissertação seis periódicos que noticiaram os acontecimentos da “Semana Sangrenta”: Correio da Manhã, Diário de Notícias, Tribuna da Imprensa, O Globo, Jornal do Brasil e a Revista O Cruzeiro. Todos haviam apoiado o golpe militar de 1964, que instituíra a ditadura, mas, por ocasião da “Semana Sangrenta” já sofriam com a censura imposta pelo regime ditatorial aos veículos de comunicação.