Caracterização tectonoestratigráfica da porção adjacente ao epicentro do sismo São Vicente na bacia de Santos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Schweig, Camila [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92922
Resumo: A distribuição espacial de eventos sísmicos na Terra é bastante conhecida. As bordas das placas são os locais de maior ocorrência desses eventos. Porém as regiões intraplacas não estão livres de eventos sísmicos. O terremoto de São Vicente, que ocorreu na Bacia de Santos, aproximadamente há 200 km da cidade de São Vicente (SP) em 2008, com uma magnitude de 5.2 na escala Richter foi bem detectado na rede mundial, o que possibilitou uma boa determinação de seus mecanismos focais e planos nodais associados. Para determinar qual plano nodal representa a falha geradora do sismo é necessário o entendimento de dados sismológicos, geológicos e geofísicos. Os mapas de anomalia gravimétrica e mapas de contorno estrutural permitiram definir estruturas em escala regional. Foram reconhecidos os principais trends estruturais da área: NE-SW e NW-SE. É possível observar que o epicentro do sismo está localizado em um alto na porção do talude da bacia muito próximo a uma feição de cânion e também próximo à ocorrência de grábens alinhados, o Graben de Merluza e tem sua localização coincidente com a ocorrência do Lineamento Capricórnio. A interpretação de seções sísmicas, restrita às direções dos planos nodais, mostra que a direção do plano sub-horizontal evidencia a ocorrência de falhas pouco expressivas, as quais estão basicamente associadas aos processos de rifteamento e halocinese. Na direção do plano nodal subvertical ocorrem falhas bastante significativas, que interceptam horizontes cenozóicos, o que indica que as mesmas foram ativadas ou reativadas em eventos neotectônicos. O mapeamento da falha normal antitética aproximadamente N-S permitiu correlacioná-la ao Gráben Merluza com diápiros bordejando a falha a leste. A difícil visualização dos dados a partir do horizonte embasamento impossibilita uma interpretação em maior profundidade...