Tolerância diferencial em variedades de cana-de-açúcar ao clomazone e sua relação com o perfil morfológico, fotoquímico e metabólico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bevilaqua, Natalia da Cunha [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257782
Resumo: Dentre os principais herbicidas registrados para a cultura da cana-de-açúcar destaca-se o clomazone. Cultivares de cana-de-açúcar apresentam comportamentos distintos quanto a tolerância a esse herbicida devido ao estágio de desenvolvimento da cultura aliado a época de aplicação e diferenças na absorção e metabolização que também podem estar envolvidas na tolerância diferencial das variedades. O objetivo do trabalho foi avaliar a tolerância diferencial de variedades de cana-de-açúcar ao herbicida clomazone e compreender sua relação com o perfil morfológico, fotoquímico e bioquímico das plantas. Quatro experimentos foram realizados com as variedades de cana-de-açúcar SP80-3280, RB97-5375, RB93-579 e RB97-5201 plantadas via mudas pré-brotadas (MPB), para os três primeiros experimentos a aplicação de clomazone foi realizada sete dias após o transplantio. O primeiro experimento foi realizado em delineamaneto experimental inteiramente casualizado com 5 repetições em esquema fatorial 4 x 2 (variedades x doses), o clomazone foi aplicado nas doses de 0 e 1000 g i.a. ha-1. Avaliações de fitointoxicação, número de folhas e perfilhos, altura, taxa de transporte de elétrons (ETR) e eficiência fotoquímica efetiva do Fotossistema II (ΦPSII) foram realizadas aos 3, 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do herbicida (DAA). O segundo experimento foi realizado em esquema fatorial 4 x 8, ou seja, quatro variedades e oito doses do herbicida clomazone, (0; 250; 500; 1000; 2000; 4000; 8000 e 16000 g i.a. ha-1). Aos 28 dias após a aplicação foram realizadas avaliações de fitointoxicação, altura e massa seca das plantas. O terceiro experimento foi conduzido em delineamento experimental inteiramente casualizado com 5 repetições em esquema fatorial 4 x 4 (variedades x tempos de coleta). As plantas foram coletadas 1, 8, 24 e 72 horas após a aplicação do herbicida (HAA) para determinação dos teores de clomazone e dos metabólitos hydroxyclomazone e ketoclomazone. Para o quarto experimento utilizou-se o traçador corante Azul Brilhante nas mesmas variedades com a aplicação ocorrendo aos 7 e 30 dias após o transplantio das mudas (DAT) no intuito de verificar a deposição nas plantas. Observou-se diferença quanto à sensibilidade das variedades de cana-de-açúcar ao herbicida clomazone, as variedades SP80-3280, RB97-5375 foram mais tolerantes a ação do herbicida, já as variedades RB93-579 e RB97-5201 sofreram as maiores injúrias, sendo que RB93-579 foi mais sensível ao clomazone, apresentando a maior redução de massa seca da parte aérea. As variedades consideradas tolerantes apresentaram comportamento de metabolização do clomazone distinto do observado para as variedades sensíveis, apresentando em pelo menos dois períodos de coleta menores concentrações do metabólito ketoclomazone. A tolerância diferencial das variedades pode ser explicada por diferenças encontradas no metabolismo do clomazone.