A inserção da história regional no currículo mato-grossense (1970-1990)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Aparecido Borges da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191864
Resumo: A presente pesquisa teve por objetivo analisar o processo de inserção da história regional no currículo escolar do estado de Mato Grosso. O recorte temporal estabelecido para o estudo situa-se entre a década de 1970, quando foram publicadas as primeiras tematizações sobre a necessidade de se instituir uma memória histórica regional em âmbito escolar, especialmente a revista Educação em Mato Grosso, e a década de 1990, quando foram produzidas as normatizações a obrigar o ensino de História Regional, fundamentalmente a Lei Estadual n. 5.573, de 06 de fevereiro de 1990, e as concretizações em livros didáticos de História de Mato Grosso. As principais fontes documentais analisadas foram artigos selecionados na revista Educação em Mato Grosso, legislação educacional, propostas curriculares e livros didáticos. O direcionamento da pesquisa norteou-se pelos pressupostos da História Cultural, tendo como instrumento teórico-metodológico de análise a noção de representação, de Roger Chartier, estabelecendo diálogo com as contribuições teóricas sobre disciplina escolar, de André Chervel e Ivor Goodson, e cultura escolar, de Dominique Julia, para compreender o processo de constituição da História de Mato Grosso em disciplina escolar e sua integração no currículo das escolas mato-grossenses. A pesquisa permitiu constatar que a conformação da memória histórica mato-grossense assumiu fundamental importância nas disputas pelo poder político na região, e mobilizou parte da elite local no desenvolvimento de uma noção de identidade regional que concebia a cidade de Cuiabá como o polo irradiador da cultura mato- grossense ao restante do estado, tendo a escola como o espaço privilegiado de difusão.