Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Maycon Junior [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138338
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Resumo: |
O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do gênero e do treinamento físico aeróbio sobre a modulação autonômica cardiovascular, produção de óxido nítrico (NO), biomarcadores de estado redox e pressão arterial em mulheres na perimenopausa (MP) e homens (H) de mesma idade. Quinze MP (47,8±0,9 anos) e dezesseis H (50,7±1,2 anos) completaram todas as etapas do estudo. O desenho experimental foi composto por 12 – 14 semanas. Como parâmetros antropométricos, foram avaliadas massa corporal (MC), índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA). A frequência cardíaca (FC) de repouso foi avaliada na posição sentada e sua variabilidade (VFC) foi determinada posteriormente. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram medidas durante repouso e através da monitorização ambulatorial (MAPA). A variabilidade da PA (VPA) foi calculada usando o índice de variabilidade média real. O consumo pico de oxigênio (VO2 pico) foi determinado indiretamente através do teste de 1 milha. Amostras de sangue venoso foram coletadas após jejum noturno de 12 horas para análise de perfil lipídico e frações, creatinina e glicemia. Níveis de nitrito/nitrato (NOx-) e malondialdeído (MDA), atividade da superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) foram realizadas através do método colorimétrico em espectrofotômetro. O TFA consistiu de três vezes/semana de caminhada em esteira durante 30 – 40min, na intensidade da máxima fase estável de lactato por 8 semanas. Como resultados, comparado aos H, as MP apresentaram uma menor MC e CA antes (-14,66% e -11,93%, respectivamente) e após o TFA (-13,74% e -11,32%). Já o TFA reduziu a MC (-1,38%), IMC (-1,30%) e CA (-2,56%) apenas nos H. Da mesma forma, foi observado um menor VO2 pico em ambos os momentos (-22,42% e -20,24%) e maior FC de repouso antes do TFA (13,69%) nas MP comparado aos H, e o TFA promoveu um aumento do VO2pico em ambos os grupos (H: 2,08% e MP: 4,95%). Na análise da MAPA, foram observadas uma menor PAS de vigília (-7,02%) e 24h (-7,36%) nas MP antes do TFA. Já em ambos os momentos, esse grupo apresentou uma menor PAD de vigília (-9,76% e -11,89%), sono (-11,44% e 12,86%) e 24h (-10,23% e -12,30%) comparados aos H, e o TFA foi efetivo em reduzir a PAS tanto em repouso (-3,32%) quanto ambulatorial de sono (-4,22%) e 24h (-3,01%) apenas nas MP. A VPA diastólica de sono apresentou-se menor nas MP (-26,20%) previamente ao TFA. Na VFC, um menor índice SDNN (-25,53%), LFnu (-10,62%) e maior HFnu (41,50%) antes do TFA, bem como um menor LFms em ambos os momentos (-53,64% e -60,04%, respectivamente) foram observadas nas MP comparado aos H. Já o TFA reduziu LFms (-53,02%) e aumentou HFms (81,59%) apenas nos H, além de reduzir LFnu (-24,76%) e razão LF/HF (-72,62%) e aumentar HFnu (166,31%), observada também nas MP (LFnu: -28,58%, LF/HF: -71,55% e HFnu: 100,32%, respectivamente). Para a atividade antioxidante, a CAT apresentou-se menor nas MP (-32,37%) apenas após o TFA comparado aos H. Por fim, houve um aumento de NOx- (38,51%) e SOD (55,06%) nas MP após TFA. Dessa forma, com base nesses resultados, pôde-se concluir que a modulação autonômica cardiovascular é um dos fatores que compõem as diferenças pressóricas entre os gêneros durante o período de perimenopausa das mulheres, e o treinamento físico aeróbio é capaz de alterar positivamente a modulação autonômica cardíaca, produção de NO e estado redox dessa população. |