Caracterização morfocultural e molecular de isolados de Colletotrichum spp. provenientes de diferentes frutas tropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pereira, Fernanda Dias [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136283
Resumo: A produção média de fruta por ano no mundo é aproximadamente de 800 milhões de toneladas. O Brasil é o terceiro colocado no ranking das principais nações produtoras, estando atrás apenas da China e da Índia, respectivamente. Desta forma, verifica-se que o Brasil possui um grande potencial a ser explorado no contexto das exportações. Para isso, no entanto, há necessidade de investimentos visando minimizar os danos pré e pós-colheita, que representam um fator limitante, tanto na produção, como nas exportações. Entre os danos pós-colheita incluem-se os de natureza fúngica, com destaque ao complexo antracnose, causada por fungos do gênero Colletotrichum. O presente trabalho teve como objetivo identificar taxonomicamente as espécies de Colletotrichum associadas a frutos de abacate, banana, goiaba e manga, bem como estabelecer relações filogenéticas entre as espécies identificadas. Duzentos isolados de Colletotrichum spp. de frutos de abacateiro, bananeira, goiabeira e mangueiras com sintomas de antracnose foram submetidos a análises morfocultural, molecular e teste de patogenicidade cruzada. Embora mediante análises morfoculturais tenham identificado diversidade entre os isolados de Colletotrichum avaliados, essas foram insuficientes para distinguir espécies do gênero. Os isolados de Colletotrichum spp. encontrados em lesões de antracnose em frutos de abacate, banana, goiaba e manga não apresentaram especificidade fisiológica. Colletotrichum musae e C. siamense estão associadas aos sintomas de antracnose em abacate no Brasil. O agente causal da antracnose em banana não é constituído por um único grupo monofilético, C. musae, contando-se com espécies adiconais de patógenos. Além de C. acutatum e C. gloeosporioides, C. siamense e C. musae são também patógenos responsáveis por sintomas de antracnose em frutos de goiaba. A antracnose em frutas de mangueira, no estado de São Paulo, está associada às espécies C. asianum e C. dianesii.