Impacto da Diabetes Mellitus no tratamento da periodontite: estudo clínico em humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Belizário, Licia Clara Garcia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235492
Resumo: Introdução: inúmeros estudos têm investigado a associação entre a diabetes mellitus(DM) e a periodontite, e as evidências científicas demonstram que a DM constitui umdos principais fatores de risco para a periodontite, o qual apresenta-se cerca de 3 a 4 vezes maior em indivíduos diabéticos e, os trabalhos sugerem ainda, uma relação direta entre o nível do controle glicêmico e a gravidade da periodontite. Objetivo: o objetivo desse estudo foi analisar, através de ensaio clínico controlado, a resposta ao tratamento periodontal não-cirurgico (raspagem e alisamento radicular - RAR) da periodontite estágios II, III e IV em pacientes com e sem diabetes mellitus tipo 2 (DM2), e avaliar o impacto da RAR no controle metabólico da glicemia, através de análises clínicas periodontais e níveis de hemoglobina glicada. Material e método: quarenta pacientes com periodontite (P), diabéticos (DM2) ou não, foram aleatoriamente divididos em dois grupos: DM2/P Grupo (n=20) - pacientes diabéticos tipo 2 com periodontite; e P Grupo - pacientes não diabéticos com periodontite. Todos osindivíduos foram avaliados no baseline e o nível de hemoglobina glicada (HbA1c) de cada paciente, assim como os parâmetros clínicos de índice de placa visível (IPV), profundidade de sondagem (PS), nível de inserção clínica (NIC) e sangramento à sondagem (SS) foram registrados. Os pacientes receberam tratamento periodontal não-cirúrgico (RAR) e, após 90 e 180 dias, os parâmetros clínicos periodontais (IPV, ISG, PS, NIC, SS) e o nível de HbA1c de cada paciente foram novamente avaliados. Os resultados clínicos periodontais e de hemoglobina glicada (baseline, 90 e 180 dias) foram submetidos à análise estatística (α = 5%) com teste de normalidade de Shapiro-Wilk, D’Agostino & Pearson e Kolmogorov-Smirnov. Para análise de idade foram utilizados o test T de Student. Para análise da variável categórica (sexo) foi usado o teste qui-quadrado. Para análise dos parâmetros clínicos periodontais foi utilizado a Análise de Variância (ANOVA) a dois critérios, seguido do teste de Tukey. Resultados: a HbA1c não apresentou variação significativa em nenhum dos grupos, quando comparados os períodos de avaliação (p>0,05). A porcentagem média dos índices IPV e SS reduziu significativamente após 90 e 180 dias da RAR apenas no grupo P (p<0,05). No grupo DM2/P a porcentagem média de sítios com PS≤4mm não foi modificada ao longo do tempo (p>0,05) porém, houve aumento significativo na porcentagem média de sítios com PS≥5mm após 180 dias da RAR (p<0,05). No grupo P, os sítios periodontais PS≤4mm e PS≥5mm foram, respectivamente, aumentados e reduzidos após 90 e 180 dias de RAR (p<0,05). Conclusão: Dentro dos limites do presente estudo pode-se concluir que os pacientes com Diabetes mellitus tipo 2 apresentaram resposta comprometida ao tratamento periodontal não cirúrgico, com maior deficiência no controle de placa com evidência de que a RAR não influenciou no controle metabólico da glicemia.