Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Aline Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192739
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Resumo: |
Historicamente tem-se observado a inserção das tecnologias nos processos de transformação econômica, social, cultural e política. Também estão evidentes os padrões geracionais no uso das tecnologias, bem como padrões de classe, de acesso a serviços públicos e privados, e seu potencial para mobilizar opiniões e configurar ou reformatar movimentos de protesto e reivindicações sociais. A internet e as redes sociais digitais são importantes para a inclusão participativa de parcelas da sociedade que permaneciam excluídas da convivência política. As juventudes são um exemplo concreto de aumento da participação online. Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo analisar os usos e apropriações das tecnologias digitais para a participação político-cidadã pelas juventudes brasileiras. Foram definidos os seguintes objetivos específicos: a) verificar quais elementos e contextos caracterizam o processo de apropriação de novas tecnologias em experiências de mobilização político-social no Brasil; b) mapear e divulgar iniciativas de participação político-cidadã realizadas a partir dos usos e apropriações de tecnologias digitais; c) contribuir para a discussão sobre participação, capital social, ação e mobilização coletiva e tecnologias digitais, com foco nos processos de apropriação e de uso das tecnologias digitais para a participação política pelos jovens brasileiros. Considerando os objetos de pesquisa como dinâmicos e mutáveis diante de atualizações não apenas tecnológicas, mas também de ordem comportamental e subjetiva, optou-se pela união de técnicas metodológicas quantitativas e qualitativas, a partir da aplicação de questionário eletrônico e entrevista episódica, além da proposição de ferramenta colaborativa de mapeamento das oportunidades de participação levantadas na pesquisa (www.participacaodasjuventudes.org). Ao longo das últimas duas décadas, a tecnopolítica e a comunicação participativa fortaleceram formas de integração comunitária e de mobilização social, Por outro lado, o surgimento de novas culturas digitais levou a experiências sociais capazes de (re) inventar outras identidades sociais- conflitantesvalores morais e formas de fazer política. A partir da pesquisa, observou-se que as tecnologias são construídas pelas necessidades produtivas, práticas e culturais das sociedades e pelas capacidades técnicas disponíveis em cada período histórico. As suas apropriações e os seus diversos usos também são definidos pelos contextos sociais. deve-se considerar que as disposições práticas para uso e os sentidos individuais associados às tecnologias são múltiplos. Em geral, as práticas de participação se associam com categorizações socioeconômicas (renda ou ocupação – ambas ligadas ao conceito de classe social), por idade (gerações), lugar de moradia, estrutura da família, escolarização, por exemplo. Assim, as trajetórias individuais e os repertórios informativos, políticos e culturais acumulados são elementos aos quais se podem associar sentidos às práticas de acesso à internet, bem como os hábitos de consumo de informação e as atividades participativas pelos meios digitais. Os resultados apontam para o desafio no combate da tendência burocratizante e autoritária a ser enfrentada pelas instituições públicas e pelos cidadãos, bem como zelar para fortalecer as participações democráticas utilizando outros recursos e ferramentas coletivas a partir das tecnologias digitais, como, por exemplo, a internet. |