Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Mailza Gonçalves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217618
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Resumo: |
Objetivou-se avaliar os efeitos da utilização da ureia com absorção pós-ruminal, na suplementação de bovinos Nelore em crescimento recriados à pasto durante o período de transição águas-secas. Para o estudo, foram desenvolvidos dois experimentos, no experimento 1, foi avaliado os parâmetros ruminais e sanguíneos, sendo utilizados 8 bovinos Nelore canulados no rúmen com peso corporal (PC) inicial de 763 ± 44 kg, distribuídos em um duplo quadrado latino 4×4. No experimento 2, foram utilizados 120 bovinos Nelore com PC inicial de 380 ± 35 kg para avaliação do desempenho, distribuídos em um delineamento em blocos casualizados (fator de blocagem o PC inicial). Foram avaliados os mesmos quatro tratamentos em ambos os experimentos: 1: (PV-U) (controle) = suplemento com 24% de proteína bruta (PB) contendo ureia como fonte de nitrogênio não proteico (NNP; 3%) e farelo de soja; Tratamento 2: (PV-PRU) = suplemento com 24% de PB contendo ureia de absorção pós-ruminal (PRU; 3,6%) e farelo de soja; 3: (NNP-U-PRU) = suplemento com 24% de PB contendo ureia + ureia de absorção pós-ruminal (U = 3% e PRU = 3,9%), sem farelo de soja; 4: (NNP-PRU) = suplemento com 24% de PB contendo ureia pós-ruminal (7,5%), sem farelo de soja. O suplemento foi ofertado em 3 g/kg PC por animal, diariamente, uma vez ao dia (10 hrs). Todos os animais foram mantidos em pastagem de Urochloa brizantha cv. Marandu. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o PROC MIXED do SAS, sendo os dados avaliados pelos seguintes contrastes: C1 = PV-U/PV-PRU vs NNP-U-PRU/NNP-PRU (Substituição do farelo de soja por NNP); C2 = NNP-U-PRU vs NNP-PRU (nível baixo e alto de ureia pós-ruminal-PRU); C3= PV-U vs PV-PRU (Ureia convencional vs ureia pós-rimunal). Para os parâmetros ruminais, o pH diferiu entre os tratamentos onde o farelo de soja foi substituído por NNP (P=0,003), apresentando média de pH de 6,75, já os suplementados com NNP, apresentaram média de 6,85. A concentração de nitrogênio amoniacal foi diferente entre os tratamentos com baixo e alto nível de ureia pós-ruminal (P=0,04), com médias de 6,37 e 7,85 mg/dL, e também entre os tratamentos que compararam a ureia convencional versus a ureia pós-ruminal (P=0,03) com médias de 6,24 e 7,59 (mg/dL), respectivamente. A concentração total de ácidos graxos de cadeia curta, foi diferente entre os tratamentos no qual o farelo de soja foi substituído por NNP, com médias de 68,65 e 58,55 Mm (P=0,00), sendo diferente também entre os tratamentos que compararam baixo e alto nível de inclusão da ureia pós-ruminal, com médias de 59,5 e 57,6 Mm. A concentração de Isobutirato (P=0,003), valerato (P=0,001) e isovalerato (P=0,001), foram diferentes entre os tratamentos do contraste que avaliou a substituição do farelo de soja por NNP. Nos parâmetros sanguíneos, a ureia também foi diferente entre esses tratamentos que substituiu os farelo de soja por NNP, (P=0,006), apresentando média de 34,95 (mg/dL) para os tratamentos PV-U/PV-PRU e 31,41 (mg/dL) para NNP-U-PRU/NNP-PRU. O desempenho (PC final, ganho de peso e ganho por área), dos animais, foi diferente, sendo maior (P=0,04) em animais suplementados com farelo de soja, comparados ao NNP. O comportamento de consumo do suplemento também diferiu entre esses mesmos tratamentos (P<0,01), de forma que os suplementos PV-U e PV-PRU eram consumidos em um menor tempo quando comparado com os tratamentos NNP-U-PRU e NNP-PRU. A retirada do farelo de soja do suplemento e sua substituição seja pela junção da ureia convencional mais ureia pós-ruminal, ou somente pela ureia pós-ruminal compromete o desempenho dos animais. A utilização da ureia convencional ou pós-ruminal apresentam efeitos similares no desempenho e metabolismo animal, assim como os níveis de inclusão da ureia pós-ruminal. |