Maturação in vitro de oócitos equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Frasson, Mariana Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/244762
Resumo: A produção in vitro de embriões equinos pelo método de OPU-ICSI, vem crescendo constantemente devido as melhorias significativas em sua técnica laboratorial e consequentemente melhores resultados na produção de embriões e taxas de prenhez. Desta forma houve um aumento na procura e demanda devido ao interesse entre os criadores de cavalos, para quem está biotecnologia proporciona diversos recursos na reprodução equina, como a otimização no uso do sêmen congelado, permanência de reprodutoras idosas que já impossibilitam sua fertilidade pelas técnicas convencionais e o uso de éguas com distúrbios do trato reprodutivo. No entanto, a maturação in vitro é um ponto crucial para o sucesso na produção in vitro de embriões. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de dois tipos específicos de meios para a maturação in vitro de oócitos imaturos, analisando a competência de desenvolvimento dos oócitos para a realização da fertilização (ICSI). Foram realizadas cinco sessões de aspiração folicular transvaginal guiada por ultrassom, utilizando quatro (n=4) éguas por sessão. Os complexos cumulus-oócitos (COCs) foram coletados e distribuídos aleatoriamente em dois grupos diferentes. O meio de maturação do grupo controle (GC) foi composto de DMEM/F-12, suplementados com FSH, LH, aditivos (ITS, EGF, IGF, piruvato) e 15% de SFB, já o meio de maturação do grupo experimental (GE) foi constituído de TCM199 com sais de Earle, FSH, 17β-estradiol, aditivos (ITS, EGF, IGF, piruvato) e 10% de SFB. Posteriormente, os COCS foram mantidos em meio de manutenção durante o período de 5-12 horas de espera, em seguida transferidos para meio de maturação e cultivados por 36 horas em incubadora de 5% CO₂ ao ar, em temperatura 38,2°C. Logo após, os COCs foram então desnudados, para a visualização da extrusão do corpúsculo polar, realização da ICSI e os possíveis zigotos foram cultivados em incubadora de 5%CO₂, 6%O₂ à 38,2°C. A clivagem foi verificada no dia 3 após a ICSI, os blastocistos foram avaliados e classificados (em uma escala de grau A-B-C) dos dias 7 a 10. Os resultados demonstraram que não houve diferença (P > 0,05) entre os grupos em degenerado (GC=15,7%, 13/83; GE= 9,5%, 8/84), estágio VG (GC=4,8%, 4/83; GE=6,0%, 5/84), presuntivos MI (GC=4,8%, 4/83; GE=2,4%, 2/84) ou MII (GC=74,7%, 62/83; GE= 81,0%, 68/84) dos oócitos avaliados após cultura de maturação. Em relação a taxa de clivagem no dia 3 não houve diferença (P > 0,05) entre os grupos (GC=72,2%, 39/54; GE= 67,9%, 38/56). Na contagem de células, o grupo controle apresentou diferença estatística, tendo maior número de embriões em estágio de 2 células no dia 3 (GC=13,0%, 7/54; GE=1,8%, 1/56). No entanto, o grupo experimental mostrou tendência (P = 0,07) de ter mais embriões no estágio de 8-16 células no dia 3 (GC=5,6%, 3/54; GE=17,9%, 10/56). Não houve diferença significativas na taxa de blastocisto entre os grupos (GC=21,0%, 13/62; GE=23,5%, 16/68). Para a classificação dos embriões, não houve diferença (P > 0,05) entre os grupos, nos três diferentes graus (9,7%, 6/62 e 13,2%, 9/68 para o grau A; 6,5%, 4/62 e 10,3%, 7 /68 para o grau B; e 4,8%, 3/62 e 0,0%, 0/68 para o grau C, os valores apresentados são do grupo controle e experimental, respectivamente). Embora não houve diferença estatística na maioria das variáveis, podemos observar que o grupo experimental mostrou numericamente mais oócitos no estágio MII, menos embriões no estágio de 2 células e mais embriões no estágio de 8-16 células no dia 3. Da mesma forma, podemos observar numericamente mais embriões de alta qualidade (grau A e B) no grupo experimental do que no grupo controle. Ainda assim, com um número total maior de oócitos, provavelmente encontraríamos diferenças estatísticas nessas variáveis. Por este motivo estudos adicionais são necessários para aprimorar a eficiência deste meio de maturação.