Expressão de receptores de quimiocinas de monócitos na doença periodontal associada ao diabetes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Germano, Danielle Borges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNISA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.unisa.br/handle/123456789/1324
Resumo: O surgimento da Doença Periodontal (DP) está relacionado com a presença de um biofilme disbiótico na cavidade oral composto por patógenos anaeróbios que produzem e liberam substâncias, originando a matriz de polissacarídeos que circundam essas comunidades bacterianas. Doença de aspecto multifatorial, caracterizada como infecciosa inflamatória crônica, compromete e lesiona progressivamente os tecidos de inserção e sustentação dos dentes. A inflamação gengival antecede a DP, onde o estado inflamatório modifica a composição das bactérias que normalmente são gram positivas, características da cavidade oral, em bacilos gram negativos e anaeróbios. A associação do Diabetes à doença periodontal se estabelece de maneira bidirecional, onde pacientes diabéticos parecem exibir maior tendência em desenvolver DP, assim como indivíduos com DP, além de apresentar maior risco de Diabetes, também se encontram predisponentes a terem complicações mais exacerbadas no controle dos índices glicêmicos. Alguns receptores possuem propriedade quimiotática de células mononucleares do sangue periférico e são caracterizados como marcadores inflamatórios. Receptores relacionados ao risco de DCV que atuam recrutando monócitos para locais de trauma, lesão, inflamação e isquemia compreendem CCR2, CCR5 e CX3CR1, dentre outros. Objetivo: Avaliar o efeito do tratamento Periodontal não cirúrgico em relação à expressão dos receptores de quimiocinas de monócitos CCR2, CCR5 e CX3CR1, na presença ou não de Diabetes. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico e abrangeu pacientes em acompanhamento na Clínica de Odontologia da Universidade Santo Amaro diagnosticados com Doença Periodontal moderado e avançado, associada ou não ao Diabetes. As amostras de sangue periférico foram submetidas à avaliação da expressão dos receptores de quimiocinas CCR2, CCR5 e CX3CR1 por PCR em tempo real. Resultados: Não houve diferenças na expressão dos receptores CCR2, CCR3 e CX3CR1 quando comparadas as visitas inicial e um mês após o término do tratamento periodontal não cirúrgico (p = 0,600, p = 0,600 e p = 0,612, respectivamente. Teste de Wilcoxon). Entretanto, analisando os grupos com e sem Diabetes, houve diferenças entre as visitas basais para os receptores CCR2 e CCR5, sem diferenças para CX3CR1 (p = 0,002, p = 0,018 e p = 0,972, respectivamente. Teste de Mann-Whitney); tais diferenças deixaram de existir após o tratamento (p = 0,368, p = 0,960 e p = 0,896, respectivamente, Teste de Mann-Whitney). Conclusão: Propõe-se que a atuação do perfil inflamatório sistêmico de forma exacerbada presente nos pacientes com Diabetes + DP mediado, entre outros, pela expressão elevada de CCR2 e CCR5 em relação aos pacientes que possuem apenas DP, é passível de uma modulação favorável na expressão destes após 30 dias do final do tratamento periodontal não cirúrgico.