Identificação e Caracterização do Fungo Fima 665-5, Isolado do Musgo Sanionia Uncinata (hedw.) Loeske, Ilha Rei George, Antártica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Alves, Graciéle Cunha
Orientador(a): Pereira, Antonio Batista
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/218
Resumo: Os fungos na Antártica ocupam nichos distintos e realizam diferentes interações, porém sua importância nestes nichos e interações ainda são pouco compreendidas. Interações entre fungos e musgos vêm sendo relatadas para a Antártica, um exemplo dessa interação fungo- musgo é a presença de fungos formadores de anéis sobre carpetes de musgos antárticos. Estes fungos formadores de sistemas de anéis concêntricos podem causar necroses e manchas amarelas e marrons sobre os carpetes de musgos. Contudo, devido à complexidade destes fungos, as informações sobre estes são fragmentadas não existindo ainda uma caracterização completa destes organismos. Assim, este estudo buscou identificar o isolado nomeado FIMA 665-5, encontrado em amostras do musgo Sanionia uncinata (Hedw.) Loesk. Além disso, caracterizar fisiológica, bioquimicamente e testar a presença de atividade patogênica do isolado. As coletas do material para o estudo foram realizadas na Expedição Antártica Brasileira no verão austral de 2012/2013. Para a caracterização fisiológica do isolado foram testados diferentes meios de cultura (BDA, Sabouraud e MEA) e diferentes temperaturas (- 6°C, 1°C, 5°C, 10°C, 20°C e 30°C), onde a velocidade de crescimento do isolado foi medida com o auxílio de um paquímetro a cada 24h, até que o crescimento de uma das colônias atingisse a borda da placa. Os resultados foram submetidos à ANOVA e teste de Tukey (p <0,05), utilizando o software Statistix 8. Para a caracterização bioquímica foram realizados ensaios enzimáticos para verificar a produção de pectinase, celulase, protease e amilase nas temperaturas de 10°C e 30°C. Para avaliar a atividade patogênica, foram realizados testes de patogenicidade química a partir do extrato obtido do isolado, bem como teste de confronto por disco em difusão. Através de métodos moleculares e filogenéticos o isolado foi identificado como pertencente ao gênero Penicillium Link, sendo um organismo psicrotrófico, com crescimento entre 1-30°C, tendo um crescimento micelial ótimo a 20°C. O meio de cultura onde ocorre às condições nutricionais mais favoráveis para o crescimento micelial do isolado é o meio BDA. No que se refere à patogenicidade, o isolado apresentou capacidade de inibir o crescimento in vitro e causar descoloração total nos gametófitos do musgo Physcomitrium acutifolium Broth.