Efeito do selenofuranosídeo sobre modelos de doença de Alzheimer em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Spiazzi, Cristiano Chiapinotto
Orientador(a): Cibin, Francielli Weber Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/1675
Resumo: A população mundial está envelhecendo e doenças neurodegenerativas, tais como a Doença de Alzheimer (DA), estão se tornando cada vez mais comuns. Novas formas de retardar o progresso da doença vem sendo estudadas, como a utilização de substâncias com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, tais como compostos de selênio. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do selenofuranosídeo, um composto orgânico de selênio sintético, em dois modelos animais de demência esporádica tipo-Alzheimer. Primero experimento: Uma única administração do peptídeo Aβ (fragmento 25-35; 3 nmol/3 μL) ou água destilada foi injetada via intracerebroventricular (i.c.v.) em camundongos machos. O selenofuranosídeo (5 mg/kg SE) ou veículo (óleo de canola, VEH) foi administrado por via oral 30 min antes da Aβ e durante os 7 dias subsequentes. A memória foi testada por meio do labirinto aquático de Morris (MWM) e esquiva passiva de descida (SDPA). O estresse oxidativo foi analisado através das atividades das enzimas SOD, CAT, GPx, GR e GST, bem como os níveis de espécies reativas (RS) e GSH. Os níveis de citocinas inflamatórias foram avaliados para medir o processo inflamatório, e a atividade da AChE para estimar o dano sináptico. No grupo Aβ houve redução significativa da atividade da SOD e aumento da atividade da AChE, níveis de RS, de IL-6 e GSH. Observou-se uma redução na latência de decida no SDPA, e aumento na latência para encontrar a plataforma no MWM. O SE foi capaz de proteger contra perda de memória em camundongos, provavelmente através da modulação da atividade da AChE. O composto foi capaz de proteger contra a redução da atividade da SOD, reduzindo os níveis de RS. E apesar do grupo SE mostrar aumento nos níveis de IL-6, o grupo Aβ+SE apresentou níveis iguais aos do controle. Segundo experimento: camundongos C57BL/6J de ambos sexos do tipo selvagem (WT) e transgênicos para os genes APP/PS1 (TG) foram utilizados. O SE (10 mg/kg) ou VEH foram administrados oralmente, duas vezes por semana, durante 5 meses. Testes comportamentais incluindo MWM, labirinto em Y, labirinto em cruz elevada (EPM), e o teste de preferência social/novidade social (SPSN), foram realizados para avaliar a memória e comportamento tipo ansiedade. Ambos genótipos tiveram performance semelhante no labirinto em Y, EPM e SPSN. Na fase de aquisição do MWM, foi visto efeito do genótipo nos dias 7, 9 e 10, onde animais TG apresentaram aumento da distância percorrida e latência para encontrar a plataforma. Animais WT passaram mais tempo no quadrante alvo do MWM durante segundo teste sem plataforma. Secções coronais cerebrais foram avaliadas para GFAP, Aβ e depósitos de placas amiloides através de imuno-histoquímica. SE foi capaz de reduzir significativamente a produção de GFAP e depósitos de Aβ em camundongos TG, mas isso não foi observado nos testes comportamentais. No entanto, o fato do selenofuranosídeo ser capaz de reduzir depósitos de Aβ em camundongos APP/PS1 e proteger contra várias alterações observadas com a administração do fragmento Aβ é promissor para estudos futuros.