Potencial protetor do Extrato de Psidium guajava frente à toxicidade induzida pelo organosfosforado Clorpirifós em Drosophila melanogaster

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rodrigues, Nathane Rosa
Orientador(a): Jeferson Luis Franco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/560
Resumo: Clorpirifós (CP) é um inseticida organofosforado amplamente utilizado no controle de pragas agrícolas e domésticas. O principal dano causado pelo CP é a neurotoxicidade induzida pela inibição da enzima acetilcolinesterase, o que ocasiona um aumento no neurotransmissor acetilcolina e promove uma hiperexitação no sistema nervoso central e junções musculares, levando a perturbações do funcionamento fisiológico. A exposição ocupacional é uma das principais formas de intoxicação humana por organofosforados e as terapias atuais para estes compostos não são totalmente eficientes. Nesse sentido a procura por compostos capazes de reverter esses danos tem se intensificado e alguns estudos têm focado seus esforços sobre os efeitos de proteção de plantas ou compostos naturais em várias condições neuropatológicas. Psidium guajava é uma planta amplamente utilizada na medicina popular e a sua atividade antioxidante foi descrita, no Brasil as folhas e os frutos são utilizados para a anorexia, cólera, diarréia, problemas digestivos, disenteria, insuficiência gástrica, inflamação das membranas mucosas, laringite, problemas de pele, dor de garganta, úlceras, entre outros. Neste estudo foi avaliado o potencial antioxidante e protetor do extrato hidroalcoólico de P. guajava (HEPG) contra a toxicidade induzida por CP na mosca da fruta Drosophila melanogaster. A atividade antioxidante de HEPG in vitro foi confirmada pelos ensaios de ABTS, DPPH, fenóis totais e FRAP. A exposição das moscas ao CP causou aumento da mortalidade, deficiências locomotoras e inibição da acetilcolinesterase. Moscas expostas ao CP apresentaram aumento de ROS e peroxidação lipídica, acompanhado por uma diminuição significativa na viabilidade mitocondrial. Como resposta ao aumento do estresse oxidativo, moscas expostas ao CP mostraram aumento da atividade da GST e nos níveis de GSH. A expressão de mRNA de NRF2 e MPK2 (que codifica p38MAPK em D. melanogaster) também foram significativamente super regulados. HEPG foi capaz de restaurar todos os danos e alterações bioquímicas/moleculares causados pelo CP. Os nossos resultados mostram pela primeira vez o potencial efeito protetor de P. guajava contra a toxicidade causada por clorpirifós, sugerindo a Psidium guajava como um tratamento alternativo adjunto para o envenenamento por compostos organofosforados.