Avaliação da eficácia do Programa Bolsa Família na segurança alimentar e nutricional de famílias beneficiárias no município de Porto Vera Cruz – RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Franchikoski, Sandra Cristina lattes
Orientador(a): Cesco, Susana lattes
Banca de defesa: Maluf, Renato Sergio Jamil lattes, Pinto, Muriel lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Políticas Públicas
Departamento: Campus São Borja
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3742
Resumo: Inserida no campo do direito humano à alimentação, a segurança alimentar e nutricional tem como objetivo garantir o acesso ao alimento em quantidade suficiente e qualidade adequada. No intuito de assegurar este direito, o Programa Bolsa Família (PBF) surge como uma política pública, buscando promover a segurança alimentar e nutricional e contribuir para a erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome. Diante deste contexto, avaliar a eficácia desse programa no alcance da meta de garantir a segurança alimentar e nutricional foi o objetivo geral desta dissertação. Para o desenvolvimento do estudo foi realizada uma pesquisa de campo, através da aplicação do instrumento de coleta de dados a 74 famílias beneficiárias do PBF no município de Porto Vera Cruz/RS. A análise dos dados coletados ocorreu por meio de técnicas de estatística descritiva, para descrição da amostra, e teste de Exato de Fisher para estudar os fatos influenciadores. A partir da exploração dos dados, foi possível verificar que a população pesquisada é formada por mulheres em sua maioria, na faixa etária entre 40 e 59 anos, possuem baixa escolaridade e com ocupação predominantemente na agricultura e com renda familiar mensal na faixa de meio salário mínimo. O estudo evidenciou que pouco mais da metade das famílias encontram-se em insegurança alimentar, identificando-se graus de severidade leve e moderado. Esses resultados apresentam fortes indícios de que as causas se devem aos baixos níveis de escolaridade, precariedade de inserção ocupacional e renda insuficiente. Assim, é fundamental que sejam implementadas políticas públicas mais robustas para que o governo municipal consiga articular ações de diferentes setores de governo e sociedade, o que requer a construção de pactos, abrangendo as esferas da produção, comercialização, controle de qualidade, acesso e utilização do alimento no nível familiar.