Práticas de sustentabilidade nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia brasileiros: um estudo dos planos de gestão de logística sustentável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Benites, Mauren Corrêa dos Santos lattes
Orientador(a): Alves, Ricardo Ribeiro lattes
Banca de defesa: Viana, João Garibaldi Almeida lattes, Ávila, Lucas Veiga lattes, Barata, Ana Júlia Teixeira Senna Sarmento lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Administração
Departamento: Campus Santana do Livramento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4731
Resumo: A sustentabilidade é um tema que está presente e, cada vez mais, ganha força em todos os tipos de organizações (públicas, privadas, terceiro setor). Isso se deve a crescente preocupação com a preservação do meio ambiente, aliada aos aspectos econômicos e sociais. As instituições de ensino também estão engajadas na implementação da sustentabilidade e, devido a serem transmissoras de conhecimento e formadoras de cidadãos, possuem um importante papel nessa mudança. Dentre as instituições de ensino estão os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), que são autarquias federais, de educação superior, básica e profissional, criados em 2008 e vinculados ao Ministério da Educação. Assim, o presente estudo objetiva analisar de que forma os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia brasileiros desenvolvem suas práticas de sustentabilidade. Para atender esse objetivo, optou-se pela utilização de um método misto (abordagem qualitativa e quantitativa) com estratégia incorporada concomitante e caráter descritivo. A coleta dos dados ocorreu mediante documentos (Plano de Gestão de Logística Sustentável (PLS) e relatórios de avaliação e acompanhamento) e questionários sobre práticas de sustentabilidade aplicados aos campi e reitorias dos trinta e oito IFs. A seleção da amostra, quanto ao questionário, decorreu de um cálculo de amostragem para uma população finita, que considerou as cinco regiões brasileiras, chegando ao montante de 248 respondentes. Já os documentos foram coletados nos sites e, quando não encontrados, solicitados às reitorias dos IFs. Para análise dos dados coletados foram utilizadas três técnicas: análise documental, estatística descritiva e teste de hipóteses. Os resultados encontrados demonstram que apenas dezessete IFs possuem PLS e desses somente quatro elaboraram o relatório de avaliação e acompanhamento. Quanto à estrutura do Plano, apenas em um IF constam todos os itens mínimos obrigatórios. Com relação aos relatórios, eles também não atendem integralmente à legislação. No tocante às práticas de sustentabilidade, é dada maior atenção às ações sustentáveis na utilização de veículos oficiais do que nos procedimentos que envolvem água e esgoto. Apesar disso, os indicadores de sustentabilidade evidenciam que a maior parte dos IFs possui boas práticas sustentáveis, classificando-se como médio e altamente sustentáveis. Contudo, foi verificado que essas práticas não têm relação com os PLS, pois constatou-se, a partir do teste de hipóteses, que não há diferença nas práticas de sustentabilidade entre os IFs que possuem e os que não possuem o Plano. Com base nesses achados, conclui-se que mais da metade dos IFs estão descumprindo a legislação devido a não terem elaborado o PLS e/ou o relatório, e os que elaboraram não o fizeram de forma totalmente correta. Também, que as práticas de sustentabilidade estão presentes na maioria dos Institutos, mas não há diferenças significativas nas práticas entre os IFs que elaboraram e o que não elaboraram o PLS, com exceção de dois eixos de duas regiões distintas.