Viver e não postar... é mesmo viver?: um estudo sobre o consumo materialista de experiência a partir das motivações de uso das redes sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Floriano , Mikaela Daiane Prestes
Orientador(a): Silva, Andressa Hennig
Banca de defesa: Borges, Gustavo da Rosa, Oliveira , Marta Olivia Rovedder de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Administração
Departamento: Campus Santana do Livramento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5724
Resumo: Este estudo se propõe a analisar o impacto das motivações de uso das redes sociais Facebook e Instagram no desenvolvimento do consumo materialista de experiência de consumidores brasileiros. Especificamente, busca-se i) mensurar o grau de materialismo da amostra estudada; ii) avaliar as motivações dos usuários brasileiros para o uso das redes sociais Facebook e Instagram; e iii) investigar as motivações de uso das redes sociais que apresentaram influência significativa no consumo materialista de experiência. Para tanto, realizou-se um estudo quantitativo, a partir do método survey, tendo como amostra 540 usuários das redes sociais Facebook e Instaram. Para a análise dos dados, foram empregadas as técnicas de análise descritiva, Análise Fatorial Exploratória e Regressão Linear Múltipla. Ainda, tendo em vista que algumas escalas que compuseram o instrumento de pesquisa não haviam sido aplicadas em investigações anteriores no contexto brasileiro, empregou-se a metodologia de tradução e adaptação transcultural proposta por Beaton et al. (2000). Referente aos resultados, verificouse como o grau mais observado o materialismo intermediário. Dentre as motivações para uso das redes sociais Facebook e Instagram, identificou-se como as mais importantes o desejo de popularidade e a comparação social online. A partir da técnica de regressão linear múltipla, averiguou-se que o Consumo Materialista de Experiência foi influenciado positivamente pela Autopromoção nas redes sociais, Consumo Conspícuo Online, Comparação Social Online e desejo de Popularidade nas redes sociais. O modelo estimado determinou que a proporção da variação amostral do Consumo Materialista de Experiência explicada pelas variáveis independentes é de 27,4%, evidenciado o importante impacto que as mídias sociais têm promovido no comportamento do consumidor, demonstrando que essas plataformas propiciaram a abertura de mais possibilidades de consumo para que os indivíduos possam sinalizar seu autoconceito e relacionar-se com os demais. Um dos principais achados deste estudo diz respeito ao papel da comparação social no desenvolvimento do consumo materialista de experiência, isso porque, tal fator era considerado inexistente em relação às experiências, que, por suas especificidades, serviriam como atenuantes desse fenômeno. Ademais, limitações da pesquisa e sugestões para estudos futuros são apresentadas.