Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Salgueiro, Andréia Caroline Fernandes |
Orientador(a): |
Puntel, Gustavo Orione |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/512
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Resumo: |
O Diabetes mellitus (DM) é uma desordem metabólica caracterizada pela deficiência absoluta ou relativa na produção de insulina pelas células β do pâncreas, ou ainda por uma incapacidade de utilização da insulina produzida. Acredita-se que a hiperglicemia crônica no DM esteja envolvida na gênese de diversos eventos bioquímicos, os quais resultam em um desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio e a capacidade dos sistemas de defesa antioxidante em neutralizá-las, levando a um estado de estresse oxidativo. Popularmente, muitas plantas conhecidas como medicinais, são utilizadas para tratar os sintomas do DM. Dentre estas plantas, estão as do gênero Bauhinia (Fabaceae, Leguminosae), cuja atividade antioxidante tem sido comprovada em modelos utilizando diferentes formas de extração de compostos químicos. Porém, pouco se sabe sobre os efeitos do chá das folhas de Bauhinia, tal como a mesma é popularmente utilizada. Com base no exposto, este trabalho teve como 13 objetivos investigar a atividade antioxidante da infusão das folhas de Bauhinia forficata (subsp. pruinosa) (BF), popularmente conhecida como “Pata de vaca” e largamente utilizada sob a forma de chá pela população, sobre o dano oxidativo induzido por altas concentrações de glicose em eritrócitos humanos (Manuscrito 1) e pela estreptozotocina (ETZ) em camundongos (Manuscrito 2). Os resultados do Manuscrito 1 mostraram que o chá de BF foi efetivo em reduzir o dano lipídico e em manter, ou mesmo aumentar, os níveis de antioxidantes em eritrócitos humanos incubados com elevadas concentrações de glicose (0 a 500mM). Acreditamos que estes resultados estejam diretamente relacionados aos elevados níveis de polifenóis e flavonoides presentes no chá de BF, os quais podem explicar a sua significativa atividade quelante de ferro e de neutralização de radicais hidroxilas (OH•), seja via neutralização do radical DPPH• seja via neutralização da reação de Fenton. Além de reduzir o dano oxidativo determinado por elevadas concentrações de glicose em eritrócitos humanos in vitro, observamos que o efeito antioxidante do chá de BF foi mantido em um modelo ex vivo de intoxicação por ETZ em camundongos (Manuscrito 2). Os resultados do Manuscrito 2 mostraram que o chá de BF foi capaz de minimizar as alterações oxidativas e morfológicas em diferentes órgãos, e também em reduzir a perda de peso e a hiperglicemia provocada pela ETZ em camundongos. O chá das folhas de BF foi bem aceito pelos animais e não teve efeitos per se sobre os achados bioquímicos ou histológicos deste trabalho. Acreditamos que os resultados observados estejam diretamente relacionados aos níveis de polifenóis e flavonoides previamente relatados. Em resumo, os efeitos antioxidantes do chá de BF foram observados tanto in vitro quanto ex vivo, e estes resultados contribuem para ressaltar e justificar os benefícios do uso do chá das folhas desta planta medicinal, tal como a mesma é popularmente 14 utilizada, em minimizar as alterações oxidativas de processos patológicos com incidência crescente na sociedade contemporânea, a exemplo do DM. |