Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Alves, Niege
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Orientador(a): |
Carpes, Pâmela Billig Mello
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Multicêntrico em Ciências Fisiológicas
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4671
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Resumo: |
A evocação de uma memória traumática pode ser inibida através de um processo chamado de extinção. A extinção tem grande aplicabilidade terapêutica no tratamento de fobias, como o TEPT. No entanto, embora seja largamente utilizada na prática clínica, a extinção ainda não apresenta resultados satisfatórios no que diz respeito a seus resultados a longo prazo. O objetivo desta dissertação foi avaliar os efeitos modulatórios da novidade sobre a extinção da memória aversiva, bem como a persistência destes efeitos e possível envolvimento do sistema dopaminérgico. Foram utilizados 37 ratos Wistar machos que foram divididos em cinco grupos de acordo com a intervenção utilizada. Os animais foram treinados na esquiva inibitória (EI), uma tarefa comportamental aversiva, e 24 horas depois foram submetidos a três sessões de treinamento de extinção com intervalo de 90 min entre as sessões. Vinte e quatro horas, 3, 7, 14 e 21 dias após os animais foram submetidos a testes de retenção. Alguns animais foram expostos por 5 min a uma novidade (campo aberto desconhecido), 30 minutos antes da primeira sessão de extinção. Outros animais receberam uma microinjeção intra-hipocampal de dopamina 30 minutos antes da primeira sessão de extinção. No teste de retenção de 24 horas, verificamos que a novidade e a dopamina foram capazes de promover a extinção da memória aversiva, enquanto os animais controle não extinguiram a memória original. Nos testes de 3, 7, 14 e 21 dias os mesmos resultados foram observados, o que demonstra a persistência da memória de extinção. Ao contrário do campo aberto novo, a exposição a um campo aberto familiar não teve efeito. Tais resultados nos permitem concluir que a exposição a um ambiente novo promove a extinção da memória aversiva, efeito que está relacionado à exposição à novidade, uma vez que a exposição a um ambiente familiar não promoveu o mesmo efeito. Além disso, o efeito da novidade foi persistente e mimetizado pela infusão de dopamina no hipocampo, o que permite inferir que a participação deste neurotransmissor é um mecanismo importante para o efeito observado. |