Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Roque, Valeska Rodrigues |
Orientador(a): |
Galio, Alexandre Ferreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/1453
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Resumo: |
Um processo corrosivo em embalagens metálicas para alimentos pode ser iniciado durante a fabricação destas, bem como em todo o período no qual o alimento está em contato com a mesma. O uso de extratos de plantas como inibidores naturais em recobrimentos protetores para o alumínio podem auxiliar na redução da corrosão, além de diminuir a preocupação com o risco de toxicidade causada por inibidores sintéticos industrialmente utilizados. Extratos da espécie Solidago chilensis, conhecida como arnica-brasileira, abundante em todo o Brasil e em maior concentração na região Sul do país, ainda não foram relatados na literatura no uso como inibidores naturais de corrosão, porém, possuem propriedades e compostos que já foram apresentados que indicam capacidade anticorrosiva. O presente estudo busca desenvolver um recobrimento contendo Solidado chilensis como inibidor natural de corrosão para aplicação em embalagens de ligas de alumínio para alimentos. Para avaliar estes recobrimentos foram realizados ensaios de Polarização Potenciodinamica (PP), Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIE), Microscopia de Força Atômica (MFA), Espectroscopia na região do Infravermelho com Transformada de Fourier (FT-IR) e Difração de Raios-X (DRX). Considerando a possibilidade de alteração da resistência à corrosão devido a algum dano mecânico foi avaliada a adesão do recobrimento através de ensaios de resistência mecânica por Análise Mecânico-Dinâmica (AMD). Para o desenvolvimento da superfície foram realizadas: anodizações, com objetivo de proteção contra a corrosão e aderência do inibidor e do recobrimento; e aplicados o inibidor natural (Solidago chilensis) e o recobrimento de verniz, com o objetivo de proteção contra a corrosão. As anodizações foram realizadas em três diferentes tempos 15, 20 e 30 minutos, após as amostras foram imersas em solução inibidora contendo três diferentes concentrações de inibidor (2,5, 5 e 15 g/L de metanol) e por fim foram recobertas com verniz. A resistência à corrosão e a eficiência do inibidor foram avaliadas através de ensaios eletroquímicos. O módulo de elasticidade das amostras foram avaliadas através do AMD. A morfologia das amostras foram determinadas através de MFA. A composição do inibidor e a interação entre as ligações químicas de compostos do inibidor, do verniz, da anodização e do alumínio foram determinadas por FT-IR. A estrutura cristalina das amostras foram determinadas por DRX. Os resultados apontaram que o melhor tempo de anodização quanto a resistência à corrosão e a resistência mecânica do sistema foi de 15 min. As amostras anodizadas nesse tempo foram escolhidas para serem imersas em solução contendo o inibidor natural. Os resultados eletroquímicos indicaram que a maior concentração de inibidor de corrosão (15 g de extrato de Solidago chilensis por L de solvente) obteve maior eficiência à corrosão, 92,5 %. O uso do inibidor de corrosão natural junto a anodização e ao recobrimento de verniz diminuiu a degradação da amostra ao longo do tempo, aumentou o potencial de corrosão e a resistência de polarização. A rigidez do sistema diminuiu com a aplicação do verniz mas não foi influenciada significativamente, p≤0,05 pela anodização. Estes resultados indicaram que o Al anodizado contendo extrato de Solidago chilensis como inibidor de corrosão recoberto com verniz pode ser uma alternativa interessante na industria de alimentos na utilização em embalagens metálicas. |