Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Del Fabbro, Lucian
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Orientador(a): |
Furian, Ana Flávia
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Doutorado em Bioquímica
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4479
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Resumo: |
As doenças neurodegenerativas são patologias com grandes impactos sociais e econômicos. Os distúrbios cerebrais são condições patológicas os quais a cirurgia corretiva não pode ser amplamente utilizada, devido a isso os tratamentos são baseados em medicamentos que apenas aliviam os sintomas. Vários estudos observacionais e epidemiológicos sugerem que uma dieta rica em flavonoides melhora a função cognitiva e previne distúrbios neurodegenerativos em humanos. A crisina faz parte da classe flavona dos flavonoides e pode ser encontrada naturalmente no mel, própolis e várias espécies de plantas como a Passiflora coerulea. Em geral, a crisina exibe várias atividades biológicas e efeitos farmacológicos, incluindo atividades antioxidantes, anti-inflamatórias, anticancerígenas, antivirais e neuroprotetora. Neste contexto a doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurodegenerativo progressivo que afeta pessoas idosas em todo o mundo. A DP é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela progressiva degeneração do sistema nigrostriatal e perda substancial de neurônios da substancia negra parte compacta (SNc), além da depleção de dopamina (DA). A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica, desmielinizante, que resulta em distúrbios neurodegenerativos no sistema nervoso central (SNC). A EM é considerada uma das mais intrigantes doenças neurológicas em virtude de seu caráter autoimune, crônico, e frequentemente acomete adultos jovens. Neste trabalho o modelo de DP utilizado foi o da neurotoxina 6-hidroxidopamina (6-OHDA) o qual tem sido usado desde o final da década de 70. A neurotoxina hidroxilada análoga da DA, quando administrada diretamente no corpo estriado de animais destrói seletivamente os neurônios nigrostriatais dopaminérgicos. Neste estudo nós demonstramos um efeito protetor da crisina na dose de 10 mg/kg (intra gástrica – i.g) contra alterações comportamentais e cognitivas, aumento dos marcadores enzimáticos e não enzimáticos de estresse oxidativo e da neuroinflamação. Além disso, a crisina protegeu contra redução nos níveis de DA e seus metabólitos. Experimentalmente o modelo animal mais usado para o estudo da EM é o modelo denominado encefalomielite autoimune experimental (EAE) um modelo animal de doença do SNC, o qual é induzido por imunização com antígenos derivados de mielina, usada em laboratório para a investigação da EM por se assemelhar a essa condição em diversos aspectos. Neste modelo a crisina na dose de 20 mg/kg (i.g) conseguiu reduzir a perda de peso causado pelo modelo EAE bem como diminuir os sinais clínicos do modelo. A crisina inibiu a atividade da histona deacetilase (HDCA) bem como da glicogênio sintase kinase-3β (GSK-3β), reduziu os níveis das citocinas pró inflamatórias, além de regular as histonas acetiltransferases 3 e 4 (HAT3, vi HAT4). O presente trabalho demonstrou o efeito protetor da crisina frente a dois modelos de doenças neurodegenerativas, expondo a crisina como um importante alvo para mais estudos. Espera-se que futuramente a crisina venha a ser um auxiliar no tratamento à EM e a DP. |