Avaliação in silico e ex vivo em leucócitos humanos do corante Tartrazina: da citotoxicidade à genotoxicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Floriano, Jassana Moreira lattes
Orientador(a): Oliveira, Luís Flávio Souza de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Ciências Farmaceuticas
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5537
Resumo: O uso de corantes alimentares está presente nos registros históricos da civilização. Utilizados inicialmente como especiarias e condimentos, grande parte foi substituída por corantes artificiais, que ganharam outras aplicações. A Tartrazina (TRZ) é um corante que confere a cor amarelo-limão aos alimentos, amplamente utilizada na fabricação de inúmeros produtos alimentícios, além de produtos farmacêuticos e cosméticos. Contudo, existem poucos estudos voltados à toxicologia da TRZ em células ou tecidos humanos. Assim, considerando o frequente consumo do corante TRZ em produtos alimentícios e a lacuna de dados toxicológicos, objetivou-se neste trabalho avaliar a citotoxicidade e a genotoxicidade do corante TRZ em cultura de leucócitos humanos, bem como estudos teóricos preditivos de toxicidade in silico. As culturas de leucócitos foram preparadas nas concentrações de 5, 17,5, 35, 70, 100, 200, 300, 400, 500 μg/mL de TRZ. Todos os ensaios foram realizados em triplicata. A mutagenicidade foi avaliada através do teste de micronúcleos, do índice de divisão nuclear, do índice de citotoxicidade de divisão nuclear e quantificação da instabilidade cromossômica pela Citogenética da Banda G. A genotoxicidade foi avaliada através do teste Cometa Alcalino. A citotoxicidade foi avaliada através da análise de viabilidade celular utilizando o método do Azul de Tripam. Os dados estatísticos foram avaliados através da análise de variância (ANOVA) seguida de teste Post-Hoc de Tukey, admitindo valor de p<0,05. Não foram encontrados resultados de mutagenicidade e citotoxicidade para o corante nas concentrações avaliadas. No entanto, foi observado dano de DNA a partir da concentração de 70 μg/mL de TRZ. Tais resultados foram confirmados pelos dados preditivos das avaliações in silico. Outros estudos são necessários para a complementariedade dos dados, considerando a frequência de utilização da TRZ na alimentação da população, incluindo crianças, bem como a exposição a fármacos, cosméticos e demais produtos não alimentícios.