Avaliação do extrato aquoso da alfarroba (Ceratonia siliqua L.) e seus possíveis efeitos antioxidantes e sobre o metabolismo lipídico em Caenorhabdits elegans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rodrigues, Cristiane de Freitas
Orientador(a): Ávila, Daiana Silva de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/281
Resumo: A Ceratonia siliqua L. popularmente conhecida como alfarroba, faz parte da classe dos diversos alimentos que apresentam uma grande quantidade de antioxidantes, principalmente pela composição dos compostos fenólicos. Além disso, este alimento tem sido utilizado como substituinte do cacau em diversos produtos alimentícios em função do sabor e cor similares, porém com reduzido conteúdo de lipídeos. Alguns estudos sugerem que o extrato aquoso de alfarroba apresenta uma ação protetora contra os radicais livres. Entretanto, são necessários testes in vitro e in vivo a fim de comprovar a eficácia deste alimento funcional. Para tanto, utilizamos o Caenorhabditis elegans como modelo experimental em prol de substituir o uso de mamíferos e oferecer novas possibilidades de ensaios para avaliar a eficácia de produtos naturais. Neste presente estudo observou que o extrato aquoso da alfarroba apresentou um excelente potencial sequestrador de espécies reativas in vitro pelos ensaios de redução do radical DPPH e de redução do Ferro. Tal efeito pode ser devido à presença dos compostos fenólicos, conforme verificado na análise bromatológica. A partir disso, no estudo percorreu as atividades in vivo. O extrato não apresentou toxicidade significativa até a concentração testada (62.0μg/mL), conforme observado nos ensaios de sobrevivência e longevidade. Também foi observado que o extrato de alfarroba protege contra a mortalidade induzida por paraquat em curto prazo, porém o mesmo não ocorreu ao longo prazo. Encontrou-se também redução da peroxidação lipídica e um aumento da atividade enzimática da catalase, sugerindo estar relacionada ao fator de transcrição DAF-16, importante para a defesa antioxidante nestes animais. Além disso, nosso estudo demonstrou que o extrato aquoso da alfarroba é mais eficiente do que o extrato de cacao na redução dos níveis de triglicerídeos em nematoides selvagens e em mutantes tub-1 (mais obesos), não alterando a ingestão alimentar. Este efeito pode estar relacionado com elevado de teor de fibras presentes no extrato, conforme observado pelo ensaio bromatológico. Em 8 conclusão, nosso estudo sugere que a utilização de alfarroba é segura e pode ser de fato bastante benéfica ao consumidor, fornecendo compostos fenólicos e fibras que podem auxiliar no envelhecimento e na redução de peso.